No Rio, homem chamado Hitler usa nome de mulher em situação de rua para fraudar seguros de vida

247 - Policiais civis do Rio de Janeiro prenderam nesta quarta-feira (9) um homem identificado como Hitler da Silva Ângelo, de 45 anos, acusado de liderar um esquema de fraude milionária que culminou na morte de Luciene da Silva Gomes, uma mulher em situação de rua. A informação foi divulgada pelo portal O São Gonçalo.

Luciene, de 38 anos, foi encontrada morta em fevereiro, com ferimentos de facadas, no bairro de Santa Cruz, zona oeste do Rio de Janeiro. Usuária de drogas e com outros familiares vivendo em condições de rua, sua morte parecia, a princípio, mais uma tragédia nas ruas da cidade. No entanto, uma investigação mais aprofundada revelou que ela havia sido envolvida em uma trama criminosa complexa.

A polícia descobriu que Luciene possuía dois seguros de vida, que totalizavam R$ 4 milhões, sendo que os beneficiários não tinham qualquer vínculo familiar com a vítima. Segundo as investigações, Hitler Ângelo liderava a quadrilha responsável por essa fraude, utilizando a morte da mulher para se beneficiar financeiramente. "Os segurados estavam ligados ao suspeito, sem qualquer relação familiar com Luciene", destacou um dos investigadores envolvidos no caso.

A vítima, que tinha uma vida marcada pela vulnerabilidade e pelo uso de drogas, foi escolhida pela quadrilha exatamente por sua condição de invisibilidade social. Segundo a polícia, a quadrilha se aproveitava de pessoas em situações de vulnerabilidade extrema para aplicar golpes em esquemas de seguro de vida.

Hitler da Silva Ângelo foi preso e está sendo acusado de homicídio qualificado e estelionato. Ele já possuía antecedentes criminais, inclusive por fraudes anteriores. As investigações ainda estão em curso para identificar outros possíveis integrantes da quadrilha.