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    'O Rio precisa dar uma chance ao próprio Rio. É imprescindível a vitória do Freixo', diz Lula

    "O Rio de Janeiro não pode continuar aparecendo nas páginas policiais", destacou o ex-presidente em agenda nesta sexta-feira (30)

    (Foto: Reprodução/YouTube)

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    247 - Após participar do debate entre presidenciáveis da TV Globo na noite de quinta-feira (29), o ex-presidente Lula (PT) compareceu na manhã desta sexta-feira (30) a uma agenda com o candidato a governador do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSB) e o candidato ao Senado André Ceciliano (PT).

    Lula afirmou que no segundo turno das eleições, ele dará atenção especial ao Rio, onde Freixo, segundo pesquisas, encontra dificuldades para superar seu principal adversário, o atual governador, Cláudio Castro (PL). "A gente pode fazer uma combinação perfeita, algo que funcione, como se fosse uma verdadeira orquestra regida por um maestro, que quer fazer as coisas funcionarem. Essa é a minha disposição. Por isso eu quero, Freixo, te dar minha garantia de que tendo um segundo turno, eu virei muitas vezes ao Rio de Janeiro. Mesmo que eu esteja disputando o segundo turno, o Rio de Janeiro será um estado privilegiado na minha agenda nessa próxima fase de campanha".

    O ex-presidente declarou que a vitória de Freixo é fundamental para tirar o Rio de Janeiro das páginas policiais. "É imprescindível a vitória de um homem da personalidade do Freixo. É imprescindível para o Rio de Janeiro. Eu acho que o Rio está precisando dar uma chance ao próprio Rio. Acho que o Rio está precisando fazer uma reflexão do que aconteceu nesses últimos períodos e entender que deve escolher um candidato a governador que tenha a cara do Rio, que tenha o compromisso do Rio, que quer modernizar o Rio. E eu acho que essa pessoa é o companheiro Freixo", afirmou. "O Rio de Janeiro não pode continuar aparecendo com sua cara nas páginas de jornais policiais. O Rio de Janeiro precisa aparecer na cara do desenvolvimento, na página da Cultura, com as praias limpas", emendou o petista.

    Lula também falou sobre a possibilidade de ter aliados governando em São Paulo, com Fernando Haddad (PT), Minas Gerais, com Alexandre Kalil (PSD), e no Rio, com Freixo. "Se a gente ganhar essas eleições em três estados importantes, como está previsto nas pesquisas, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, é um trunfo extremamente importante para construir a aliança política necessária para governar o Brasil. É muito importante a gente estar com Rio, São Paulo e Minas Gerais no mesmo palanque, no mesmo palco, no mesmo discurso e com a mesma disposição de reconstrução do projeto Brasil. Nós temos muita coisa para recuperar no Brasil". Ao contrário do que disse Lula, as pesquisas indicam um cenário favorável apenas em São Paulo, onde Haddad lidera em intenções de voto. A disputa em Minas pode ser definida no primeiro turno com a vitória de Romeu Zema (Novo), e no Rio deve ir para o segundo turno, mas ainda com vantagem de Castro.

    O petista falou também sobre as áreas do Rio de Janeiro que, se eleito, pretende "consertar". "Aqui no Rio de Janeiro nós temos um problema sério. Nós precisamos retomar as obras da construção de habitação, as obras de urbanização das favelas, nós vamos ter que recuperar a capacidade produtiva da indústria de óleo e gás aqui nesse estado, vamos ter que recuperar a indústria naval aqui nesse estado, além de tentar discutir que outro tipo de desenvolvimento a gente vai querer para o estado do Rio de Janeiro. O Rio de Janeiro precisa voltar a ser visto pela imprensa brasileira como estado de gerador de oportunidades, de empregos, em que você pode estabelecer um outro padrão de desenvolvimento na base de pequenos e médios empreendedores individuais, na base de pequenas e médias empresas. Isso é plenamente possível. É só fazer valer a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, o Simples e tentar reajustar o que precisa ser reajustado para tomar um forte investimento na área de saneamento básico e habitação popular no Rio de Janeiro".

    Lula também incentivou a população a votar neste domingo (2). A campanha petista teme que a abstenção possa prejudicá-lo. "É dia de votar. As pessoas que estão desanimadas, que possivelmente estejam pensando em não ir votar, em anular o voto, se abster. Não faça isso. Mesmo que você tenha 70 anos e já não precisa mais votar, ou que você tenha 16 anos, tirou o título mas quer dormir até tarde e não quer votar, não faça isso. Levanta e vai cumprir com seu dever cívico, porque você votando tem o direito de cobrar, tem o direito de encontrar com o governador, com o presidente, com o deputado e você cobrar. Se você não vota, você fica um cidadão desprovido de qualquer competência de cobrar ou questionar os eleitos. É importante o voto. É possivelmente a votação mais importante que você vai dar na história. Você conhece os candidatos. Você tem um presidente na atualidade que você sabe o que ele faz e o que não faz, você tem a minha candidatura, que é a história do maior legado de inclusão social que esse país conheceu, e você tem as pessoas que prometem. Então é preciso que o povo vá, escolha e vote, para a gente poder consertar o Brasil. Não será fácil a tarefa de consertar o Brasil".

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