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    Operação Grande Prêmio dá blitz no Jockey

    Clube dos bacanas tem documentos apreendidos pela PF; multinacional espanhola Codere e diretoria do Jockey sob suspeita de lavagem de dinheiro e fraudes Receita Federal; empresas negam irregularidades

    Gisele Federicce avatar
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    Agência Rio - A Polícia Federal iniciou nesta quarta-feira (11) a Operação Grande Prêmio. O objetivo é cumprir três mandados de busca e apreensão no Jockey Club do Brasil e na empresa Codere do Brasil Entretenimento Ltda, ambos no Rio de Janeiro.

    A diligência conta com a participação de fiscais da Receita Federal e se destina a arrecadar documentação que comprove a prática dos crimes de sonegação fiscal, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

    A Codere é uma agência de apostas de corridas com sede na Espanha, com escritório na Rua do Rosário, no Centro do Rio, mas também atua em outros países como Itália, Panamá, México, Argentina, Colômbia e Uruguai.

    O Jockey Club do Rio informou por meio de sua assessoria de imprensa que seus funcionários já entregaram toda a documentação solicitada pela Polícia Federal e que na tarde desta quarta-feira fará um pronunciamento oficial.

    Ao portal G1, o advogado da Codere, Paulo Freitas, alegou que em nenhum momento a empresa foi acionada pela Polícia Federal para apresentar notas fiscais ou contrato de prestação de serviços. E que a relação da Codere com o Jockey Club do Brasil é uma relação formal de prestação de serviços decorrente de um contrato. Ele disse ainda que vai encaminhar nesta quarta-feira (11), petição que informará que a empresa está pronta para apresentar qualquer nota fiscal ou contrato solicitado pela Polícia Federal.

    Leia abaixo a íntegra da nota enviada pelo Jockey Club Brasileiro:

    O Jockey Club Brasileiro esclarece:

    A administração do Jockey Club Brasileiro reafirma que não cometeu qualquer irregularidade contábil, fiscal ou de outro tipo em sua relação com a Codere do Brasil Entretenimento LTDA, relativa à modalidade de apostas simulcasting internacional, em corridas de cavalo no exterior.

    O contrato do JCB com a Codere foi assinado em 2005, ainda na gestão de Luiz Alfredo Taunay. A atual administração do JCB só tomou posse quase três anos depois, em maio de 2008, manteve o procedimento contábil e fiscal anteriormente adotado e não fez qualquer transferência, crédito, depósito ou pagamento em favor da Codere. Ao contrário, o JCB apenas recebeu pagamentos da Codere, devido à participação de 3% no movimento geral de apostas feitas no simulcasting internacional, atividade legal, devidamente autorizada e fiscalizada pelo Ministério da Agricultura.

    Toda a documentação relativa ao relacionamento com a Codere – contrato, aditamento e notas fiscais – foi encaminhada, ontem mesmo, em original, ao Juiz da Terceira Vara Criminal, de forma espontânea, pelo presidente do JCB, Luís Eduardo da Costa Carvalho, que se colocou à disposição para prestar qualquer outra informação ao Judiciário, ao Ministério Público ou à Polícia Federal.

    Cópias desses mesmos documentos foram entregues hoje à Polícia Federal e estão disponíveis no site do JCB (www.jcb.com.br), já havendo também sido exaustivamente discutidos em assembléias e reuniões específicas com os sócios.

    A atual Diretoria do JCB, candidata à reeleição, atribui a insistência em falsas acusações a motivações políticas de um pequeno grupo de sócios opositores visando influenciar as eleições para a escolha da nova diretoria do JCB, marcadas para 31 de maio próximo. Ao assim proceder, porém, esse grupo de oposição privilegia seus interesses pessoais em detrimento dos interesses maiores do JCB, prejudicando o nome e a tradição de todo o clube e retirando valor da coletividade de seus sócios.

    A direção do JCB reafirma sua disposição de colaborar com as autoridades no que for preciso para esclarecimento dos fatos e restabelecimento da verdade.

     

     

     

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