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    Oposição nega acordo para Câmara de SP abrir CPI contra padre Júlio Lancellotti: 'perseguição para atrair voto', diz PT

    "Não existe acordo algum para que essa CPI seja criada", afirmou o líder do PT na Câmara, vereador Senival Moura

    Padre Júlio Lancellotti (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil 247)

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    247 - Vereadores da oposição na Câmara Municipal de São Paulo reagiram nesta quarta-feira (3) à tentativa de base governistas de querer instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar Organizações Não Governamentais (ONGs) que fazem trabalho social na região da Cracolândia, no centro da capital paulista. "Não existe acordo algum para que essa CPI seja criada", afirmou o líder do PT na Câmara, vereador Senival Moura. As entrevistas foram publicadas no portal G1.

    O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), protocolou o pedido na Câmara Municipal em 6 de dezembro de 2023. "O Rubinho Nunes é um fanfarrão", disse Moura. "Está jogando para a plateia dele e criando um factoide contra uma pessoa honrada e séria como o padre Júlio. Não existe acordo algum para que essa CPI seja criada. O PT é contra e vai obstruir e fazer o que for pra barrar essa ideia equivocada. É uma perseguição injustificada, com objetivo de ganhar votos extremistas na eleição de outubro em cima de uma pessoa que dedica a vida a ajudar os famintos". 

    De acordo com o vereador Adriano Santos (PSB), existe um viés eleitoral na proposta de CPI. "O vereador está insistindo numa história que não tem aval da maior parte dos parlamentares desde novembro. O PSB é totalmente contra essa CPI. É uma tentativa dele de se promover em cima do discurso de ódio contra o padre Júlio e manter a base política extremista dele ativa nas redes sociais. Uma vez que o MBL se afastou do bolsonarismo, agora eles estão à procura de alguém para tentar conseguir se manter na Câmara Municipal na eleição de outubro", disse.

    A vereadora Luana Alves (PSOL) reforçou as afirmações dos colegas. "Não tem acordo algum sobre isso, até o meu conhecimento. O PSOL vai obstruir o que for possível. Inclusive, isso já foi debatido no colégio de líderes [no ano passado] e já colocamos que é uma perseguição aleatória. Uma perseguição completamente sem nenhum propósito, contra instituições da sociedade civil que fazem trabalho social sério".

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