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    Orgia do Arpoador: polícia usa reconhecimento facial para identificar participantes do ato em local público

    Tecnologia avançada está sendo utilizada para localizar homens que participaram do evento durante o réveillon, registrado e divulgado nas redes sociais

    (Foto: Reprodução / Agenda do Poder)

    247 - A Polícia Civil do Rio de Janeiro está empregando tecnologia de reconhecimento facial para identificar cerca de 30 homens que participaram de uma orgia sexual ao ar livre na Pedra do Arpoador, na Zona Sul da cidade, durante as comemorações de Ano Novo. O episódio, que começou na madrugada e se estendeu até o amanhecer, foi filmado por testemunhas e rapidamente viralizou nas redes sociais, onde recebeu o apelido de “surubão do Arpoador”. As informações são do jornal O Globo.

    De acordo com o delegado Sandro Caldeira, titular da 14ª Delegacia Policial (Leblon) e responsável pelo caso, todos os envolvidos serão convocados para prestar esclarecimentos. Ele destacou que a prática de atos obscenos em espaços públicos constitui crime previsto no Artigo 233 do Código Penal, com pena de até um ano de detenção ou multa. “Também fizemos diligências para recolher imagens de câmeras de segurança instaladas próximas ao local”, afirmou o delegado, sublinhando o uso de recursos tecnológicos para a investigação.

    Os registros em vídeo do evento serão analisados pelo Instituto de Identificação Félix Pacheco, que utiliza tecnologia fornecida pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran). Segundo Alexandre Trece Motta, diretor do Instituto, o sistema trabalha com bancos de dados civis e criminais para gerar uma lista de até cem candidatos por imagem analisada. Posteriormente, especialistas revisam manualmente as informações para confirmar as identificações. “O sistema é bastante eficaz e nos permite avançar na apuração dos fatos”, comentou Motta ao O Globo.

    O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais e também reacendeu debates sobre privacidade, exposição online e a responsabilidade em relação ao uso de espaços públicos. Embora atos obscenos em locais abertos sejam claramente tipificados como crime no Brasil, especialistas apontam para a complexidade de enquadrar os envolvidos sem comprovações individualizadas de intencionalidade e conhecimento do caráter público da situação.

    Ainda não há prazo para a conclusão da investigação. Por enquanto, os investigados que forem identificados pelo sistema de reconhecimento facial serão intimados para prestar depoimento e, possivelmente, responder pelo ato na Justiça.

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