Paes defende "resposta muito firme das forças policiais" após ataques a ônibus e pede apoio do Ministério da Justiça
'Os únicos prejudicados pelos incêndios foram moradores das áreas que os criminosos dizem proteger', destacou o prefeito
247 - O prefeito da cidade do Rio de Janeiro (RJ), Eduardo Paes (PSD), pediu nesta segunda-feira (23) apoio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, para colocar em prática ações com o objetivo de evitar incêndios em ônibus e punir os responsáveis pelos ataques. Ao menos 35 veículos foram queimados na capital, após a morte de um miliciano.
"Quando o sujeito além de bandido é burro. Milicianos na Zona Oeste queimam ônibus públicos pagos com dinheiro do povo para protestar contra operação policial. Quem paga é o povo trabalhador. E para piorar, tivemos que interromper serviços de transporte na Zona Oeste para que não queimem mais ônibus. Ou seja, únicos prejudicados: moradores das áreas que eles dizem proteger! Essa gente precisa de uma resposta muito firme das forças policiais! Como prefeito, apelo ao Governo do Estado e ao Ministério da Justiça para que atuem para impedir que fatos assim se repitam", afirmou.
De acordo com investigadores, os ataques aconteceram após a morte de Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu e Faustão. Ele morreu em uma troca de tiros com a Polícia Civil. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), comentou sobre a ação policial. "Demos um duro golpe na maior milícia da Zona Oeste. Além do parentesco com o criminoso, ele atuava como "homem de guerra" do grupo paramilitar, sendo o principal responsável pelas guerras por territórios que aterrorizam moradores no Rio", afirmou. "O crime organizado que não ouse desafiar o poder do Estado!".
Uma das preocupações de analistas é com a maneira como a atual gestão do Rio enfrenta o problema de falta de segurança pública. O governo Cláudio Castro tem ao menos três das cinco maiores chacinas policiais. A principal delas aconteceu em Jacarezinho, bairro da zona norte do município do Rio (RJ). Em maio de 2021, 28 pessoas (incluindo um policial) morreram no local.
De acordo com o Grupo de Estudos de Novos Ilegalismos (Geni), da Universidade Federal Fluminense (UFF), a segunda maior chacina aconteceu no Complexo da Penha (Vila Cruzeiro), também na zona norte da capital fluminense. Em maio de 2022, também no governo Castro, a operação policial deixou 24 mortos.
As duas chacinas seguintes não aconteceram na gestão dele - o terceiro maior número de mortes em consequência das ações da polícia foi em 1998, com 23 óbitos, na Vila Operária, município de Duque de Caxias (RJ). Na quarta posição ficaram os 19 mortos no Complexo do Alemão, zona norte, com 19 mortos em junho de 2007. A quinta maior chacina também ocorreu nesta última localidade - 17 mortos (incluindo um policial) em julho de 2022.
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