Pai de João Pedro, morto durante operação, aponta racismo após absolvição dos policiais: 'Acharam que era casa de vagabundo'
A Justiça absolveu os 3 policiais acusados pela morte do adolescente
247 - A magistrada Juliana Bessa Ferraz Krykhtine absolveu os três agentes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) pela morte do jovem João Pedro, ocorrida há quatro anos em São Gonçalo. De acordo com G1, a decisão gera indignação pois tanto a família do adolescente quanto o Ministério Público do Rio de Janeiro aguardavam que os policiais fossem submetidos a um júri popular.
Neilton da Costa Pinto, pai do jovem João Pedro, apontou 'racismo e preconceito' na decisão que absolveu os 3 policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) pela morte do adolescente de 14 anos.
"A gente vê uma questão de racismo e preconceito por parte do estado e dos agentes públicos. Será que a Justiça daria essa decisão se nossa casa fosse em outro bairro? É proibido ter uma casa boa, com piscina dentro de uma comunidade? Eles acharam que era casa de bandido, de vagabundo", questionou Neilton.
Relembre o caso - João Pedro Mattos Pinto morreu durante uma ação conjunta da Polícia Federal e Polícia Civil no dia 18 de maio de 2020. Na ocasião, o jovem brincava em casa com amigos quando, segundo familiares, policiais chegaram atirando. O menino foi atingido por um disparo de fuzil pelas costas e socorrido de helicóptero, mas não resistiu.
Eles dispararam mais de 70 tiros dentro casa onde o garoto morava, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ). Os policiais teriam recolhido cartuchos calibre 556 antes de a perícia ser feita no local. Um projétil do mesmo calibre foi encontrado no corpo do adolescente durante a autópsia.
Além dos estojos de calibre 9mm, a perícia feita na casa no dia do crime encontrou outros quatro de calibre 762 próximos ao portão da garagem na parte da frente da casa. O perito que foi ao local não encontrou projétil de calibre 556 no local.
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