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    "Para a família Bolsonaro, sou um leproso", diz Queiroz sobre afastamento do clã

    Ex-assessor diz que "os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os traem". Ele pretende disputar uma vaga na Câmara de Vereadores do Rio em 2024

    (Foto: Reprodução)

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    247 - O ex-policial militar reformado Fabrício Queiroz, conhecido por sua aproximação com Jair Bolsonaro (PL) e seus familiares, revelou à revista Veja que pretende disputar uma vaga na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro nas eleições do próximo ano e teceu duras críticas ao afastamento e à postura adotada pela família Bolsonaro em relação a antigos aliados. “Para a família Bolsonaro, eu sou um leproso”, disse o ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ)

    "Os Bolsonaro são do tipo que valorizam aqueles que os traem", declarou Queiroz, sem mencionar nomes. “Bolsonaro não me ajudou em nada na minha campanha a deputado estadual em 2022. Nem na urna em que ele vota eu tive voto. Se ele sinalizasse favoravelmente à minha candidatura, hoje eu seria deputado”, ressaltou mais à frente. 

    Queiroz concorreu a uma vaga no legislativo estadual pelo PTB no ano passado, mas obteve apenas 6,7 mil votos, a maioria deles na capital. Diante desse resultado, ele agora planeja lançar sua candidatura a vereador em 2024. Apesar disso, ele não confirmou se deverá continuar filiado ao atual partido. Segundo Queiroz, a única certeza certeza é que será um partido de direita que lhe dê mais estrutura e mais chances de vencer. “Alguns já me procuraram. Mas ainda estou vendo com minha equipe”, disse. 

    Em 2020, o ex-assessor parlamentar e o senador Flávio Bolsonaro foram alvo de denúncias relacionadas a um suposto esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A quebra do sigilo bancário revelou que Queiroz movimentou cerca de R$ 6,2 milhões ao longo de 11 anos, valor muito acima dos rendimentos declarados como policial militar e servidor da Alerj.

    Além disso, surgiram indícios relacionados à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Entre os anos de 2011 e 2016, foram identificados depósitos totalizando R$ 89 mil em suas contas bancárias que teriam sido feitos por Queiroz. 

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