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Pelo menos 27 dos 39 mortos pela PM de Tarcísio no litoral eram negros, aponta a Ouvidoria da Polícia

"É reflexo de um racismo estrutural na sociedade que também afeta a PM", afirma o ouvidor da polícia de SP. Governador será denunciado à ONU

Tarcísio de Freitas (Foto: Francisco Cepeda/Governo do Estado de SP)

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247 - Levantamento realizado pela Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo divulgado pelo UOL neste sábado (9) revela que dos 39 indivíduos mortos pela Polícia Militar durante ação na Baixada Santista em fevereiro, ao menos 27 eram negros. A análise do perfil racial das vítimas foi conduzida com base nos registros de ocorrência, onde foram identificados os boletins relacionados a 31 das 39 pessoas falecidas durante a operação. Dentre esses registros, 27 vítimas foram classificadas como negras, sendo 24 pardas e três pretas. Por outro lado, apenas quatro das 31 vítimas identificadas eram brancas.

O ouvidor das polícias de São Paulo, Cláudio Silva, aponta que o alto número de vítimas negras reflete o racismo estrutural. "Esse tipo de ação costuma atingir pessoas pretas, pobres e periféricas. Precisamos tomar medidas para proteger essas pessoas. É reflexo de um racismo estrutural na sociedade que também afeta a PM", afirma Cláudio Silva. >>> Tarcísio será denunciado à ONU por uma das operações mais letais da história de SP, que já causou 39 mortes

Por outro lado, a Secretaria da Segurança Pública defende que os agentes atuam "sem distinção por raça, cor ou gênero". A pasta ressalta o combate ao racismo e outros crimes de intolerância como parte integrante da formação de policiais civis e militares, através da disciplina de Direitos Humanos.

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