Pelo menos mil consumidores ainda estão sem energia em São Paulo

247 - Após enfrentar duas quedas de energia ao longo da semana, o fornecimento elétrico no Centro de São Paulo foi restabelecido pela Enel, concessionária responsável pelo serviço na região. No entanto, cerca de mil consumidores permanecem conectados a geradores até que os reparos sejam concluídos e possam ser integrados à rede principal, destaca o G1.

A segunda interrupção de energia ocorreu durante a tarde desta quarta-feira (20), afetando os moradores de Higienópolis, Santa Cecília, Consolação, Campos Elísios, Vila Buarque e Cerqueira Cesar. Muitos desses bairros já estavam às escuras desde o apagão inicial, ocorrido na segunda-feira (18).

A Enel afirmou ter identificado uma nova falha que causou a segunda interrupção, optando por desligar preventivamente um dos circuitos para realizar uma nova intervenção. Além disso, a empresa mobilizou geradores adicionais para suprir a demanda até que o problema seja resolvido definitivamente.

O problema original teve início na segunda-feira (18), por volta das 10h30 da manhã, afetando parcialmente pelo menos cinco bairros da região central de São Paulo. Mais de 35 mil usuários foram impactados, incluindo residências, estabelecimentos comerciais e três hospitais.

A Enel atribuiu a causa do apagão à Sabesp, empresa de saneamento básico, alegando que uma escavação realizada durante uma obra teria danificado a fiação subterrânea. No entanto, a Sabesp negou qualquer responsabilidade pelo incidente, criando um impasse sobre a origem do problema.

A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) informou que está monitorando de perto o trabalho das distribuidoras de energia elétrica, enquanto a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revelou ter aplicado multas à Enel no valor total de mais de R$ 320 milhões desde 2018, devido a problemas de fornecimento de energia. A maior delas, no valor de R$ 165 milhões, foi aplicada este ano devido à demora no restabelecimento do serviço após tempestades que atingiram a região metropolitana de São Paulo em novembro do ano anterior. No entanto, a Enel recorreu da decisão e ainda não efetuou o pagamento da multa.