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PM de Tarcísio mata 54 pessoas em menos de 2 meses na Baixada Santista

Tendo 4% da população do Estado de São Paulo, a região concentra 45% das mortes pela PM em 2024

Tarcísio de Freitas e Guilherme Derrite (Foto: Josué Emidio/Governo do Estado de SP)

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247 - Desde o início de 2024 - de 1º de janeiro a 20 de fevereiro -, a Baixada Santista vem enfrentando uma escalada preocupante de violência policial, com um número alarmante de mortes causadas por policiais militares. Segundo dados levantados pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), entre 1º de janeiro e 20 de fevereiro deste ano, já foram registradas 54 mortes na região, um aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram contabilizadas 13 mortes.

O número de pessoas mortas por policiais militares na Baixada Santista chegou a 54 entre 1º de janeiro e 20 de fevereiro de 2024. É o quádruplo de 2023 (quando houve 13 mortes) e o maior número para o período desde 2017, início da série histórica, feita pelo Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Essa cifra representa um marco sombrio na série histórica, iniciada em 2017, e levanta questões urgentes sobre a atuação policial na região. A Baixada Santista, que abriga apenas 4% da população do Estado de São Paulo, agora concentra alarmantes 45% das mortes causadas pela Polícia Militar em todo o estado em 2024, informa o g1. Nos anos anteriores, essa proporção era significativamente menor, com a região respondendo por cerca de 13% das mortes pela PM.

O aumento das mortes ocorre em meio a operações policiais intensificadas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), que chegou a transferir o gabinete da Segurança Pública para a região. Essas operações foram implementadas desde 2023, após o assassinato de um policial militar da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), considerada a tropa de elite paulista. Naquele ano, durante a chamada Operação Escudo, foram registradas 28 mortes em apenas 40 dias.

Até o momento, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não emitiu um posicionamento oficial sobre o aumento preocupante das mortes na Baixada Santista. No entanto, em comunicados anteriores, a pasta afirmou que todas as mortes causadas por policiais são investigadas de forma rigorosa. A Secretaria de Segurança Pública é comandada pelo coronel Derrite, ex-integrante da Rota.

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