PM mata homem na Praia Grande e Operação Verão chega a 48 óbitos
Homem foi morto em suposta troca de tiros no último sábado
247 - No último sábado (16), um homem de 32 anos morreu durante uma intervenção policial conduzida pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) em Praia Grande, no litoral paulista. Esse incidente aumentou para 48 o total de mortes decorrentes de intervenções policiais durante a Operação Verão na Baixada Santista, informa a Folha de S. Paulo.
Segundo informações da SSP (Secretaria da Segurança Pública), a ação teve início quando policiais da Rota abordaram um veículo em São Vicente no sábado. Durante a revista, foram encontradas drogas, resultando na prisão de dois homens que estavam no carro. Após a prisão, os suspeitos indicaram um endereço em Praia Grande onde afirmaram haver mais entorpecentes e armas. Os policiais se dirigiram ao local e, de acordo com a SSP, foram recebidos a tiros, o que desencadeou um suposto confronto armado. Na troca de tiros, o homem que teria disparado contra os policiais foi atingido e veio a falecer. Com ele, foi apreendida uma pistola 765, enquanto na residência foram encontrados um revólver calibre 32 e uma mochila contendo 321 porções de maconha, cocaína e crack.
Exames periciais foram solicitados e as armas dos policiais envolvidos na operação foram apreendidas. O caso foi registrado como tráfico de entorpecentes e morte decorrente de intervenção policial na Central de Polícia Judiciária de Praia Grande.
A Operação Verão foi iniciada após o assassinato do soldado da Rota Samuel Wesley Cosmo, 35, no dia 2 de fevereiro. Cosmo foi morto durante um patrulhamento em uma favela de palafitas na periferia de Santos.
As ações da Polícia Militar durante a Operação Verão têm sido objeto de críticas. O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou não reconhecer excessos por parte da PM, enquanto a Ouvidoria da Polícia relatou ter encaminhado 27 queixas de abusos ao governo do estado entre janeiro e fevereiro. O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) declarou que todos os casos de mortes em confronto são rigorosamente investigados pela Polícia Civil e Militar, com acompanhamento do Ministério Público e Poder Judiciário. Em meio à crescente preocupação com a violência na região, organizações de direitos humanos levaram suas denúncias sobre as ações da PM no litoral até a ONU. No último dia 8, o governador fez declarações polêmicas ao afirmar "não estar nem aí" para as possíveis denúncias de violações apresentadas perante o colegiado internacional.
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