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    “Porteira para corrupção” na Petrobras foi aberta por FHC, repete Cunha

    Durante participação no programa Roda Viva, o presidente da Câmara voltou a destacar o papel do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que, em Decreto, afrouxou o controle sobre os gastos da estatal; Petrobras "passou a obedecer a um regulamento próprio", e não mais a lei de licitações, o que "abriu a porteira para a corrupção, pois o diretor podia escolher quem ele convidava e permitir que empresas combinassem a quem se beneficiava, as empresas podiam combinar o seu preço"

    Durante participação no programa Roda Viva, o presidente da Câmara voltou a destacar o papel do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que, em Decreto, afrouxou o controle sobre os gastos da estatal; Petrobras "passou a obedecer a um regulamento próprio", e não mais a lei de licitações, o que "abriu a porteira para a corrupção, pois o diretor podia escolher quem ele convidava e permitir que empresas combinassem a quem se beneficiava, as empresas podiam combinar o seu preço" (Foto: Roberta Namour)
    Roberta Namour avatar
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    247 – O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou na noite desta segunda-feira 16, durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que a "porteira para a corrupção" na Petrobras foi aberta durante a era do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

    O deputado lembrou que, na época, a estatal "passou a obedecer a um regulamento próprio", e não mais a lei de licitações. "A Petrobras passou a obedecer a um regulamento próprio, que permitia a licitação por carta-convite por empresas cadastradas previamente na própria Petrobras", disse. 

    Ao jornal El País, Eduardo Cunha já havia apontado a responsabilidade do ex-presidente Fernando Henrique na corrupção na Petrobras (leia mais).

    "É claro que é uma desculpa até palatável, pois a Petrobras precisa competir no mercado internacional, mas ao mesmo tempo abriu a porteira para a corrupção, pois o diretor podia escolher quem ele convidava e permitir que as empresas combinassem a quem se beneficiava, as empresas podiam combinar o seu preço", continuou Cunha.

    O decreto 2.745, que regulamentou o regime diferenciado simplificado de contratações da Petrobras, foi publicado em 1998, no primeiro mandato de FHC.

    Também nesta segunda-feira 16, em entrevista ao programa “Diálogos”, da GloboNews, Cunha voltou a classificar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff como "ilegalidade" e "golpismo", embora continue a criticar sua gestão.

    “Discussão de processo de impeachment neste momento, com as circunstâncias que estão colocadas, beira a ilegalidade, a inconstitucionalidade, para não dizer o golpismo. Ela foi eleita legitimamente. Não há o que contestar. Se aqueles que votaram nela se arrependeram do voto, vão ter esperar quatro anos para consertar. Ela tem todo o direito de governar”, disse.

    Segundo ele, Dilma errou ao não perceber quer perderam a “hegemonia” política: “Ela saiu desse processo eleitoral e não teve a percepção de que não teve hegemonia política. Não teve hegemonia eleitoral. Teve vitória eleitoral. Começou o segundo mandato em crise política achando que a simples nomeação para cargos públicos seria suficiente. Sabia que tinha que fazer ajuste fiscal, começou a propor, mas sem discutir antes as medidas, não só com aqueles que compõem a sua base, mas com a sociedade como um todo”.

    Ele também afirmou que o pedido de investigação na operação Lava-Jato não tem base em qualquer indício. Para Cunha, a corrupção referente à Petrobras está no Executivo, e não no Legislativo.

    Mais tarde, em entrevista ao "Roda Viva", da TV Cultura, ele disse que o PT o escolheu como adversário. “O PT me escolheu como adversário, não fui eu que escolhi o PT como adversário. Também não escolhi a presidente Dilma como adversária. Estamos no meio de uma crise política e temos que resolver uma crise política”, afirmou.

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