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      Quem é Bruno Leonardo, o bispo popular nas redes sociais citado pela PF em apuração sobre lavagem de dinheiro ligada ao PCC

      Igreja do líder evangélico transferiu R$ 2,2 milhões a empresa investigada; nome aparece em relatório da operação Mafiusi da PF

      Bispo Bruno Leonardo é citado em investigação da PF (Foto: Divulgação)
      Camila França avatar
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      247 - O bispo Bruno Leonardo, líder da Igreja Batista Avivamento Mundial e fenômeno nas redes sociais, foi citado em um relatório da Polícia Federal no âmbito da operação Mafiusi, que apura um esquema de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC), destaca o Metrópoles.

      Com 50,9 milhões de inscritos em seu canal no YouTube, onde publica mensagens diárias de cunho religioso, Bruno Leonardo figura entre os maiores influenciadores digitais do país. O alcance do bispo nas redes não se limita ao YouTube. No Instagram, sua conta soma 9,8 milhões de seguidores — número expressivamente maior que o do perfil oficial da sua igreja, que tem cerca de 550 mil seguidores. Em suas postagens, Bruno Leonardo costuma divulgar orações, mensagens de fé e até mesmo pedidos de doação, indicando a chave Pix da igreja.

      Milhões em doações e eventos grandiosos

      Além da presença digital, o bispo organiza grandes eventos pelo país, que reúnem milhares de fiéis em estádios e arenas. Em uma dessas ocasiões, no final de janeiro, em São Luís (MA), ele anunciou uma doação de R$ 500 mil a um hospital do câncer. Em outra, afirmou que repassaria R$ 2 milhões a um hospital, verba que teria origem no dízimo dos fiéis. “O valor é proveniente do dízimo pago à igreja pelas ‘ovelhas queridas’”, disse.

      O evento mais recente divulgado por ele ocorreu em Salvador (BA), cidade onde a sede da Igreja Batista Avivamento Mundial está localizada. No fim de 2024, um dos encontros aconteceu em Minas Gerais e foi realizado dentro de um estádio.

      Citação em investigação da PF

      Apesar da fama religiosa, o nome de Bruno Leonardo apareceu em documentos da Polícia Federal e do Ministério Público Federal no bojo da operação Mafiusi. A investigação mira Wiilian Barile Agati, apontado como integrante da cúpula do PCC e operador de confiança da facção.

      A PF identificou uma rede de empresas usada para lavar dinheiro do tráfico internacional de drogas. Uma delas, a Starway Locação de Veículos, recebeu sete transferências da igreja do bispo, totalizando R$ 2,2 milhões entre 2021 e 2022. O relatório aponta que, apesar dos valores expressivos, não foram localizadas notas fiscais que justificassem as operações.

      O bispo Bruno Leonardo Santos Cerqueira não é formalmente investigado. Seu nome aparece citado em função das movimentações financeiras realizadas pela igreja sob sua liderança.

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