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    Delegado que Bolsonaro quer demitir se destaca por atuar contra fraudes em porto

    Em documento encaminhado ao gabinete presidencial, auditores afirmam que José Alex de Oliveira, delegado da alfândega do porto de Itaguaí, reduziu de 70% para 17% o número de operadores de risco — pessoas ou empresas com histórico de envolvimento em algum tipo de fraude. Porto é provável entreposto do poderio bélico da milícia e do tráfico no Rio

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    247 - A cúpula da Receita Federal enviou um documento ao gabinete presidencial para tentar convencer Jair Bolsonaro do perigo que oferece a troca do atual delegado da alfândega do Porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, como indicou que quer fazer o presidente.

    A ameaça de interferência política gerou uma crise na Receita, com direito a ameaça de demissão coletiva por parte de auditores fiscais. Bolsonaro quer trocar José Alex de Oliveira, que segundo os auditores têm feito um trabalho de 'limpeza' no porto, por um fiscal lotado em Manaus sem experiência em cargo de chefia.

    Como garantia da substituição do delegado do porto, o presidente ameaça exonerar o superintendente da Receita Federal no estado. "Se houver uma intervenção externa na Receita, teremos renúncia em massa. Pelo menos 200 chefes no país inteiro vão entregar os cargos", disse ao Globo o presidente do sindicato dos auditores fiscais (Sindifisco), Kleber Cabral.

    No documento, os auditores alertam, informa reportagem do Globo, que o atual delegado reduziu de 70% para 17% o número de operadores de risco — pessoas ou empresas com histórico de envolvimento em algum tipo de fraude. 

    Investigações apontam que o porto é provável entreposto do poderio bélico da milícia e do tráfico no Rio de Janeiro. 

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