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    Ronnie Lessa, que assassinou Marielle, demonstrou interesse em participar de delação premiada no início do ano

    A sinalização de uma delação premiada do ex-policial chegou ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro

    Ronnie Lessa e Marielle Franco (Foto: Reprodução | Mídia NINJA)

    247 - Apontado por investigadores como responsável pelos tiros que mataram a ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL), o ex-policial militar Ronnie Lessa demonstrou interesse em fazer um acordo de delação premiada, no começo do ano, junto a membros da Secretaria da Polícia Civil do governo do Rio. As negociações não avançaram. De acordo com informações publicadas nesta terça-feira (25) na coluna de Bela Megale, três fontes envolvidas diretamente no caso disseram que o ex-policial queria dar alguns relatos que envolveriam o suposto mandante do assassinato de Marielle.

    A sinalização da hipótese de delação do ex-PM chegou ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. O chefe do Executivo determinou à Polícia Civil do Estado que levasse as declarações dadas por Ronnie Lessa ao Ministério Público (MP-RJ), mas os possíveis relatos do ex-policial não ajudaram investigadores na época.

    A possibilidade de delação ocorreu antes de seu aliado no crime, o também ex-PM Elcio de Queiroz, firmar delação premiada com o MP-RJ e a Polícia Federal. Em seu depoimento revelado nesta segunda-feira, Queiroz confirmou que foi ele quem dirigiu o carro usado no ataque contra a vereadora e Lessa como autor dos disparos.

    Novas informações divulgadas nesta terça (25) apontaram que Lessa aumentou o patrimônio após cometer o crime. Comprou veículos de luxo e pretendia construir uma fortaleza de dois andares em um terreno de sua propriedade, no condomínio Portogalo, em Angra dos Reis (RJ).

    De acordo com o delator, o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, morto em 2021, foi quem apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle. Policiais federais apuram a mando de quem Macalé fez a intermediação. Queiroz afirmou que o mecânico Edilson Barbosa dos Santos, "Orelha", foi procurado por Suel para se desfazer do carro usado no homicídio.

    Nesta segunda (24), o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi preso por envolvimento no assassinato da ex-vereadora. Ele atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

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