Tarcisio decide manter secretário que vai acabar com os livros nas escolas de São Paulo e diz que ele é "preparadíssimo"
Renato Feder também é sócio de uma empresa que fornece tablets para o próprio governo paulista
247 – O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, afirmou que vai manter o secretário de Educação, Renato Feder, que decidiu acabar com os livros nas escolas públicas de São Paulo, substituindo o material didático por "powerpoints". Tal projeto, segundo especialistas em educação, não tem respaldo pedagógico e faz parte de uma lógica fascista, com a intenção de disseminar a ideologia de extrema direita em meio a uma juventude ignorante. Além disso, pode facilitar os ganhos de empresas como a Multilaser, do próprio Feder.
Segundo reportagem do Estado de S. Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) garantiu que não haverá troca no comando da Secretaria de Educação, permanecendo o atual secretário, Renato Feder. Este último se encontra no centro de uma polêmica após rejeitar dez milhões de livros didáticos oferecidos pelo Ministério da Educação, defendendo a adoção de slides para serem copiados pelos alunos em sala de aula. Uma reportagem do Estadão revelou que Feder é alvo de investigação por suposto conflito de interesses, já que sua empresa possui contratos de mais de R$ 75 milhões com a Secretaria de Educação para fornecer notebooks à rede pública.
Em entrevista ao jornal, Tarcísio elogiou a suposta competência de Renato Feder, descrevendo-o como um secretário "altamente capacitado, estudioso, entusiasmado e idealista". O governador afirmou que o respeito e admiração por Feder são grandes, e a possibilidade de substituição é inexistente.
Em relação à decisão polêmica de rejeitar os livros didáticos do Ministério da Educação, Tarcísio defendeu a postura do secretário, alegando que a medida faz sentido, mas foi mal explicada. Ele anunciou ainda que os alunos terão à disposição um livro didático impresso com o conteúdo dos slides mais aprofundado, distribuído centralizadamente para todas as escolas, permitindo que os estudantes escolham entre o material digital e o impresso.
Quanto aos contratos da empresa de Renato Feder com a Secretaria de Educação, Tarcísio minimizou o impacto, afirmando que a Multilaser, da qual Feder é sócio, já era fornecedora do governo paulista antes de sua gestão, e durante o seu governo, nenhuma compra foi realizada junto à empresa. Renato Feder preferiu não comentar as investigações relacionadas aos contratos de sua empresa.
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