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    Tarcísio defende homenagem ao símbolo da ditadura Erasmo Dias: "nunca foi condenado"

    Dias comandou a invasão na PUC de São Paulo em setembro de 1977, uma das últimas grandes operações do regime militar contra o movimento estudantil

    Erasmo Dias (à esq.) e Tarcísio de Freitas (Foto: Divulgação | ABR)

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    247 – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enviou uma defesa ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (4), reiterando seu apoio à lei que promulgou uma homenagem ao coronel Erasmo Dias, figura notória da ditadura militar, segundo informa o jornalista Guilherme Seto, da coluna Painel, da Folha. No documento, o governador argumentou que Erasmo Dias nunca foi condenado judicialmente e que sua trajetória incluiu três mandatos como deputado estadual, todos conquistados democraticamente.

    Segundo Tarcísio de Freitas, "o homenageado foi deputado estadual por três legislaturas —1987/1991, 1991/1995 e 1995/1999— tendo sido eleito democraticamente e não se tendo qualquer notícia de condenação judicial por atos praticados por sua vida pública pregressa."

    No entanto, a trajetória de Erasmo Dias e de outros militares que participaram da ditadura militar foi marcada pela Lei da Anistia, promulgada em 1979, que concedeu impunidade aos crimes cometidos durante o período repressivo. A homenagem gerou polêmica devido ao histórico do coronel, que comandou a invasão na PUC de São Paulo em setembro de 1977, uma das últimas grandes operações do regime militar contra o movimento estudantil. Na ocasião, centenas de estudantes foram detidos e processados com base na Lei de Segurança Nacional, acusados de subversão.

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