Trabalhadores da Sabesp dizem que greve é contra o "projeto privatista de Tarcisio"
Piquetes começaram a ser instalados nesta madrugada e o objetivo é parar o plano de privatização da empresa
247 – A partir da meia-noite desta terça-feira, 3 de outubro, os trabalhadores da Sabesp, Metrô e CPTM estarão em greve, unindo-se em um ato simbólico contra a privatização dos serviços essenciais em São Paulo. A decisão foi anunciada em um ato de organização para a greve realizado na quadra do sindicato dos bancários, que recebeu o apoio de diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais e parlamentares.
O Sintaema (Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo) iniciará os piquetes na madrugada desta terça-feira e realizará um ato político às 15 horas na Sabesp da Ponte Pequena, localizada na Avenida Santos Dumont, 555.
Nesta terça-feira, a direção do Sintaema foi convocada para uma reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), onde reafirmou ao juiz que presidiu a sessão que a greve é um direito constitucional e que este movimento defende os direitos do povo de São Paulo à água e ao saneamento públicos.
No ato no sindicato dos bancários, José Faggian, presidente do Sintaema, elogiou a unidade do movimento contra a privatização e saudou diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais e parlamentares que compreenderam a gravidade da situação. Ele denunciou as manobras do governador Tarcísio de Freitas para acelerar a privatização da Sabesp, destacando a aprovação de um decreto que concede ao governador e ao prefeito de São Paulo o poder de decidir as políticas de saneamento em todos os municípios operados pela Sabesp.
Faggian enfatizou que a greve é uma oportunidade para conscientizar a população sobre a luta contra as privatizações, especialmente os filhos da classe trabalhadora, que seriam os mais prejudicados. Ele ressaltou que a luta não terminará após o dia da greve, reforçando o compromisso contínuo em defesa dos serviços públicos.
Camila Lisboa, presidenta do Sindicato dos Metroviários, chamou a greve de um "momento histórico" que representa a unidade dos movimentos contra as privatizações da Sabesp, do Metrô e da CPTM. Ela enfatizou que a luta não terminará com a greve e que há muito trabalho pela frente.
Segundo Camila, enquanto Tarcísio engana a população com promessas vazias, o processo de privatização dos serviços essenciais avança rapidamente. Já está marcado um leilão para a linha 9 da CPTM, e um Projeto de Lei para autorizar a venda da Sabesp está sendo encaminhado para a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Além disso, um estudo de 62 milhões, sem licitação, foi encomendado para viabilizar a privatização do Metrô.
Os dirigentes sindicais destacaram que a população tem demonstrado apoio aos trabalhadores e ao plebiscito popular, que rejeita as mentiras do governo sobre as privatizações. A greve também desempenhará um papel importante em desmascarar o projeto privatista do governador.
Representantes dos sindicatos dos ferroviários de São Paulo e do Sindicato Central do Brasil abordaram a experiência da privatização no transporte público do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, destacando demissões em massa e tarifas mais altas como resultados negativos.
Os trabalhadores reivindicam o cancelamento dos processos de privatização da Sabesp, Metrô e CPTM e exigem a realização de um plebiscito oficial para consultar a população sobre o projeto privatista do governador Tarcísio de Freitas. A greve unificada representa um esforço conjunto para proteger os serviços públicos essenciais em São Paulo.
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