Tráfico na Rocinha recebe faturamento maior com extorsão do que com venda de drogas
Além das cobranças ilegais, traficantes ampliaram suas operações para incluir o controle de estabelecimentos legais na comunidade, como bares e salões de beleza
247 - Investigadores da Polícia Civil do Rio de Janeiro calculam que os criminosos atuantes na favela da Rocinha possam estar movimentando uma quantia que atinge até R$ 12 milhões, sendo a maior parcela vinda de atividades extorsivas, em contraste com o tráfico de drogas. De acordo com relatos de moradores, os traficantes não se limitam mais às cobranças ilegais e agora expandiram seus domínios para o controle de estabelecimentos como bares, restaurantes, lojas e salões de beleza na comunidade. Apenas através da imposição da taxa semanal de R$ 150 para cada um dos 2.120 mototáxis que operam na Rocinha, estima-se que o tráfico arrecade expressivos R$ 318 mil semanalmente, totalizando quase R$ 1,3 milhão por mês. Por sua vez, a cooperativa de vans é obrigada a desembolsar R$ 930 por semana para cada veículo. Outros produtos e serviços na favela também sofrem com sobrepreços, como o botijão de gás, que chega a custar R$ 140; o sinal clandestino de TV a cabo, conhecido como "gatonet", tem um custo mensal de R$ 100 por família, somado aos planos de internet que ficam em torno de R$ 99. De acordo com as informações divulgadas pelo Globo, estima-se que o faturamento mensal da quadrilha que opera na Rocinha, sob o comando de John Wallace da Silva Viana, conhecido como Johny Bravo, do Comando Vermelho, alcance entre R$ 10 milhões e R$ 12 milhões. Dessa quantia, estima-se que de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões sejam provenientes da comercialização de drogas, representando, no máximo, 25% do total.
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