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Troca de acusações marcam primeiro debate entre candidatos à Prefeitura de BH

Debate sobre o metrô, tensão em torno de políticas para a comunidade LGBTQIAP+ e abandono de Bolsonaro dominaram confronto entre candidatos em BH

Duda Salabert (PDT) se destacou ao questionar Bruno Engler (PL) (Foto: Reprodução/TV Band)

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247 - O primeiro debate televisivo entre os candidatos à Prefeitura de Belo Horizonte, realizado pela Band Minas na última quinta-feira (8), foi palco de intensas trocas de farpas e acusações, refletindo a polarização política que permeia o cenário nacional. Os sete postulantes ao cargo — Bruno Engler (PL), Carlos Viana (Podemos), Duda Salabert (PDT), Fuad Noman (PSD), Gabriel Azevedo (MDB), Mauro Tramonte (Republicanos) e Rogério Correia (PT) — se enfrentaram em um embate marcado por ataques diretos, sobretudo em torno das figuras de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o bloco destinado às perguntas de jornalistas, Bruno Engler (PL) e Rogério Correia (PT) se destacaram pela contundência de suas declarações. Engler, conhecido por sua aliança com o bolsonarismo, defendeu a ausência de Bolsonaro no evento. A defesa, no entanto, foi recebida com ironia por Correia, que afirmou que Bolsonaro está prestes a ser preso devido a uma série de acusações graves, incluindo tentativa de golpe e roubo de joias, destaca o site da Rádio Itatiaia.

"É muito difícil que Bolsonaro venha a BH no futuro, pois ele está para ser preso. Eu fui da CPI que investigou a tentativa de golpe. Ele roubou joias, falsificou cartão de vacina e tentou acabar com a democracia. Não vai demorar muito para que ele seja preso", disparou Correia, aproveitando para alfinetar Engler com uma referência à cloroquina, medicamento amplamente defendido por Bolsonaro durante a pandemia de Covid-19. "O candidato não precisa ficar nervoso, tome uma cloroquina, fique mais calmo. Talvez a cloroquina te salve de tanto nervosismo."

Outro ponto sensível do debate foi a questão das políticas de diversidade, especialmente em relação à Parada LGBTQIAP+. Viana e Mauro Tramonte, ambos ligados a igrejas evangélicas, foram questionados sobre o tema, mas evitaram se aprofundar, afirmando apenas que não pretendem acabar com a parada gay.

Duda Salabert (PDT) se destacou ao questionar Bruno Engler (PL) sobre sua postura em relação à crise climática e seu histórico de negacionismo. A candidata do PDT não poupou críticas, afirmando que o PL abriga “negacionistas climáticos e terraplanistas” e lembrando que Engler, durante a pandemia, apresentou um projeto contra o uso obrigatório de máscaras e a vacinação compulsória.

Engler tentou se defender das acusações, afirmando que possui o cartão de vacinação completo e que, ao contrário do que foi dito, é a favor das “vacinas antigas e conhecidas”. O candidato do PL também procurou desviar o foco, argumentando que seu compromisso é com o combate às enchentes em Belo Horizonte, prometendo investir em tecnologias inovadoras para prevenir novas tragédias causadas pelas chuvas.

“Os investimentos estão sendo feitos, mas é preciso aprimorar. Precisamos trazer BH para o século XXI, adotando o asfalto permeável, que diminui a velocidade da água até ela alcançar as bacias hidrográficas. Além disso, trabalharemos a questão dos piscinões, mas sempre buscando novas soluções tecnológicas para a capital”, declarou Engler.

Duda Salabert, no entanto, não se convenceu e rebateu as propostas de Engler, apontando que sua visão sobre a crise climática é limitada e equivocada. “Deputado, o senhor apresentou um conceito equivocado, porque a crise climática não se manifesta apenas em enchentes, mas também na escassez hídrica. Caso eleita, eu criarei o cargo de autoridade climática, que atuará de forma interseccional com várias secretarias, a fim de desenvolver uma política climática abrangente para BH. Além disso, teremos um fundo municipal de perdas e danos, para que, em caso de tragédia climática, a cidade possa auxiliar a população”, afirmou a pedetista, evidenciando seu compromisso com uma política ambiental robusta e integrada.

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