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    USP tem 72 horas para matricular em medicina jovem que não foi considerado pardo

    Decisão judicial exige a aceitação de Alison Rodrigues, cuja autodeclaração racial foi contestada pela universidade

    (Foto: Arquivo Pessoal )

    247 - A 2ª Vara de Cerqueira César, por meio do juiz Danilo de Paula, emitiu uma decisão liminar nesta sexta-feira (5), ordenando que a Universidade de São Paulo (USP) matricule Alison dos Santos Rodrigues, 18 anos, em seu curso de medicina. O jovem teve sua vaga negada após a comissão de heteroidentificação da instituição discordar de sua autodeclaração racial.

    A determinação judicial estabelece um prazo de 72 horas para que a USP cumpra a ordem, podendo esta ser contestada por meio de recurso. Até o momento, a universidade não emitiu uma declaração sobre a decisão, diz reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

    Alison foi aprovado em medicina através do Provão Paulista, vestibular exclusivo para estudantes da rede pública, no qual concorreu por meio das vagas reservadas para candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPIs). Entretanto, a comissão de heteroidentificação da USP discordou de sua autodeclaração como pardo, resultando na negação de sua matrícula.

    A universidade justificou sua decisão alegando que Alison não apresentava as características fenotípicas de uma pessoa negra, citando sua pele clara, lábios afilados e cabelos raspados. No entanto, o juiz questionou a argumentação da USP, considerando-a genérica e em aparente contradição com as evidências apresentadas.

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