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    Vale afirma ter encontrado trincas 'superficiais' em barragem de Ouro Preto

    Após a identificação das trincas, a empresa disse que está conduzindo verificações adicionais na barragem

    Logo da Vale (Foto: Washington Alves/Reuters)

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    Sputnik Brasil - A companhia siderúrgica Vale identificou trincas superficiais na barragem Forquilha III, na mina de Fábrica, em Ouro Preto, em Minas Gerais.

    Em nota, a empresa informou que as condições de estabilidade da estrutura seguem inalteradas. Após a identificação das trincas, a Vale disse que está conduzindo verificações adicionais na barragem, que mantém os órgãos públicos competentes informados, e que executa um plano de ação para investigação e correções, conforme necessário.

    "A Vale mantém seus compromissos de avançar na descaracterização da estrutura e de buscar a redução de seu nível de emergência", disse a nota.

    De acordo com a empresa, o protocolo de emergência em nível 3 para a barragem Forquilha III foi ativado em 2019, quando ocorreu a evacuação da Zona de Autossalvamento (“ZAS”), que segue sem a presença de pessoas e animais de criação.

    "A companhia continuará acompanhando de forma diligente o desempenho de segurança da barragem Forquilha III e seguirá com ações para estabelecer níveis satisfatórios de segurança e estabilidade à estrutura até que sua descaracterização seja finalizada."

    TRAGÉDIAS DE BRUMADINHO E MARIANA - Em janeiro de 2019, a barragem da Vale em Brumadinho, também em Minas Gerais matou 272 pessoas. A avalanche de rejeitos também gerou grandes impactos ambientais na região.

    Em 2015, uma barragem pertencente à mineradora Samarco, empresa controlada pela Vale e pela BHP Billinton, rompeu a 23 quilômetros da cidade mineira de Mariana e inundou a região com lama, rejeitos sólidos e água usados no processo de mineração. O desastre afetou toda a bacia do rio Doce, entre Minas Gerais e o Espírito Santo, além de deixar 19 pessoas mortas.

    Após o desastre de Brumadinho foi sancionada a Lei Mar de Lama Nunca Mais, em 2019, que proíbe novas barragens a montante, que são construídas com acúmulo de rejeitos. Foi o método utilizado nas barragens rompidas em Mariana e Brumadinho. A lei também determina que as barragens a montante que ainda estão ativas devem ser descaracterizadas, como é o caso da barragem de Ouro Preto.

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