Zema diz que apoio a Bolsonaro foi por ser anti-PT e alfineta: "não tenho parente em cargo público"
Governador de direita sinalizou afastamento do ex-presidente em declaração a empresários nesta segunda: "tive posição totalmente diferente da dele na pandemia"
247 - O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (NOVO), sinalizou afastamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em uma declaração durante o "Almoço-Debate" promovido pelo grupo Lide, composto por figuras do mercado. Questionado sobre seu apoio ao ex-ocupante do Planalto nas eleições do ano passado, o chefe do Executivo mineiro alegou que tomou o lado de Jair "muito mais" por ser contrário ao PT do que "por concordar" com as ideias do ex-presidente de extrema direita, informa o jornal Estadão.
Além disso, quando perguntado pelo jornal sobre propostas das quais discorda de Bolsonaro, Zema alfinetou o ex-chefe de Estado e seus filhos que seguiram carreira política: “em Minas Gerais, apesar de nós termos 320 mil funcionários públicos, eu não tenho nenhum parente. Então, também temos aí uma diferença. Família para lá, negócios e carreiras para cá. São algumas diferenças".
"Mas eu tenho muito mais proximidade com ele do que com quem governou Minas antes”, ponderou o governador de direita, em uma crítica a Fernando Pimentel (PT), que chefiou o estado entre 2015 e 2019.
O governador mineiro também apontou falhas de Bolsonaro na pandemia, indicando que, em Minas, procurou rejeitar as ideias negacionistas de Jair e por isso o estado teve índices menores de mortalidade: “sou de um partido diferente dele. Durante a pandemia, tive uma posição totalmente diferente da dele. Tanto é que Minas Gerais foi o Estado, excluindo Norte e Nordeste, com a menor taxa de mortalidade no Brasil. Está aí um exemplo claríssimo”.
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