Chefe de quadrilha?, questiona Fernanda Melchionna após contatos entre comparsas de Adriano da Nóbrega e a família Bolsonaro
Deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) destacou que escutas do MP apontaram "mais indícios da ligação profunda, e não surpreendente, entre o ex-chefe da milícia do Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega, e Bolsonaro"
247 - A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) alertou para a ligação do clã presidencial com milicianos, após uma reportagem do Intercept Brasil apontar que alguns comparsas do miliciano Adriano da Nóbrega fizeram contato com Jair Bolsonaro, após o ex-capitão do Bope morrer durante uma operação policial na Bahia, em fevereiro do ano passado.
"Reportagem do @TheInterceptBr, feita a partir de escutas do Ministério Público, aponta mais indícios da ligação profunda, e não surpreendente, entre o ex-chefe da milícia do Escritório do Crime, Adriano da Nóbrega, e Bolsonaro!! Chefe da quadrilha?", escreveu a parlamentar no Twitter.
Segundo a reportagem, as transcrições apontaram que a primeira ligação supostamente feita Bolsonaro aparece no dia 9 de fevereiro de 2020 à noite, horas depois que Adriano foi morto. Ronaldo Cesar, o Grande, identificado pela investigação como um dos elos entre os negócios legais e ilegais do miliciano, disse a uma mulher não identificada que ligaria para o 'cara da casa de vidro'. e, no telefonema, demonstrou preocupação com pendências financeiras.
O nome “Jair” também apareceu em conversas de outros comparsas de Adriano – o pecuarista Leandro Abreu Guimarães e sua mulher, Ana Gabriela Nunes, informou a matéria. O casal, segundo as investigações, escondeu Adriano da Nóbrega numa fazenda da família nos arredores do município de Esplanada, na Bahia, após ele ter conseguido escapar ao cerco policial no estado em janeiro, dias antes de ser morto.
O clã e os milicianos
A ligação dos Bolsonaros com os milicianos da zona oeste do Rio vem de longa data. O atual senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) nomeou a mãe e a ex-mulher de Adriano em seu antigo gabinete na Assembleia Legislativa do Rio. Raimunda Veras Magalhães e Danielle Mendonça da Nóbrega recebiam sem trabalhar e devolviam parte dos salários ao ex-PM Fabrício Queiroz, que atuava como assessor do parlamentar – as famosas rachadinhas.
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