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    CNJ analisa decisões da Lava-Jato para descobrir se magistrados cometeram crimes

    Inspeção do Conselho Nacional de Justiça na 13ª Vara Criminal de Curitiba analisa 30 decisões de juízes da Justiça Federal e desembargadores do TRF-4 no âmbito da Lava-Jato

    Sergio Moro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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    247 - A inspeção conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) desde junho passado na 13ª Vara Criminal de Curitiba, conhecida como o ex-quartel-general do ex-juiz suspeito e senador Sergio Moro (União Brasil-PR), vem se debruçando sobre 30 decisões proferidas por juízes da Justiça Federal e desembargadores do TRF-4 no âmbito da Operação Lava-Jato.

    Segundo a coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, “o foco da investigação concentra-se nas sentenças que foram objeto de representações no CNJ por parte de parlamentares, entidades e outros setores da sociedade. Com o auxílio de um delegado da Polícia Federal, o trabalho meticuloso busca compreender a destinação das verbas, os bloqueios de bens e adentra em aspectos que levantam suspeitas de crimes como peculato, desvios e prevaricação”.

    Moro, que comandou a 13ª Vara federal durante a Lava Jato, poderá ter o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR). O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, marcou para o dia 1 de abril o começo do julgamento de duas ações que podem resultar na perda do mandato do parlamentar. Bengtsson reservou três sessões para a discussão do caso. As outras duas sessões vão acontecer em 3 e 8 de abril.

    Uma das ações do TRE-PR foi ajuizada pelo Partido Liberal (PL). A outra, pela Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV. As legendas acusam Moro de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação em sua campanha para o Senado. O Ministério Público se manifestou favoravelmente à cassação.

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