Dilma: vazamentos da Lava Jato colocam problema seríssimo para a Justiça brasileira
Presidente deposta Dilma Rousseff destacou como a Vaza Jato deixa clara a perseguição ao ex-presidente Lula, a quem visitou nesta quinta-feira 11, e coloca um problema sério para a Justiça, retratada como parcial; "Não somente aos olhos da sociedade brasileira, mas do mundo", diz; "Uma Justiça só merece o nome de Justiça se ela for imparcial. No momento que ela passa a ser parcial, ela passa a ser injusta"
247 - A presidente deposta pelo golpe, Dilma Rousseff, visitou Lula na tarde desta quinta-feira 11 na sede da Polícia Federal em Curitiba e destacou como os vazamentos da Lava Jato, que vêm sendo publicados pelo site The Intercept, em parceria com outros veículos de comunicação, deixa clara a perseguição ao ex-presidente. Dilma fez a visita acompanhada da escritora espanhola Pilar Del Río, viúva do escritor José Saramago.
Os vazamentos, afirmou Dilma, "colocam um problema seríssimo para a Justiça brasileira, não somente aos olhos da sociedade brasileira, mas do mundo. Porque isso é inadmissível num Estado que se diz democrático. Imagino que ao longo desse processo será avaliado o impacto disso em torno do inquérito".
"Uma Justiça só merece o nome de Justiça se ela for imparcial. No momento que ela passa a ser parcial, ela passa a ser injusta", completou Dilma Rousseff. Em sua avaliação, "todo o processo em relação ao ex-presidente Lula está viciado".
Dilma também comentou a reação do ministro da Justiça, Sergio Moro, que aparece nos vazamentos como um auxiliar e orientador da parte acusatória - os procuradores do Ministério Público integrantes da força-tarefa da Lava Jato. "Eu nunca ouvi hacker querer manipular a informação", brincou, sobre o fato de Moro sempre usar a tese da invasão hacker em seu celular, e dizer que as mensagens atribuídas a ele podem ter sido adulteradas.
A presidente deposta também criticou a aprovação da proposta do governo Bolsonaro para a Reforma da Previdência, que para ela colocará em risco a sobrevivência dos idosos no Brasil.
"Quando estávamos construindo a rede de proteção social e fizemos o Bolsa Família, uma parte da população tinha proteção social, e eram os aposentados. Precisaríamos completar a rede de proteção às famílias jovens e com filhos. O que vai acontecer agora: o que está acontecendo no Chile. Aposentados que não têm recursos suficientes para sobreviver", disse.
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