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    Em vídeo, Moro acusa Gilmar Mendes de vender sentenças e internautas marcam ministro

    Sergio Moro resolveu atacar o ministro do STF, que manteve na Corte a investigação sobre denúncias de extorsão feitas por Rodrigo Tacla Duran contra o senador, ex-juiz da Lava Jato

    Gilmar Mendes (à esq.) e Sergio Moro (Foto: Divulgação)

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    247 - O senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) resolveu acusar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de vender sentenças. "Isso é fiança. Comprar um Habeas Corpus para o Gilmar Mendes", afirmou o parlamentar, de acordo com vídeo publicado no Twitter. O ministro do STF Ricardo Lewandowski manteve na Corte a apuração sobre as acusações de extorsão feitas pelo advogado Rodrigo Tacla Duran contra o parlamentar do União Brasil e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex juiz e ex-procurador da Operação Lava Jato, respectivamente. 

    Mendes é crítico à maneira como investigadores faziam as apurações quando Moro era juiz da Operação Lava Jato. No começo deste mês, por exemplo, o magistrado criticou Jair Bolsonaro (PL) e o parlamentar do União Brasil, ao dizer que a maior contribuição ex-ocupante do Planalto foi tirar o senador da Vara Federal de Curitiba (PR), onde o congressista julgava os processos da Lava Jato em primeira instância.

    Em fevereiro de 2021, Mendes disse que a postura de Moro como juiz da Lava Jato foi "um total descolamento institucional".

    Após a repercussão do vídeo, internautas marcaram o ministro Gilmar Mendes:

     

     

     

    Tacla Duran

    A repercussão do vídeo aconteceu em um contexto no qual o advogado Rodrigo Tacla Duran pode depor na Lava Jato esta semana. Residente na Espanha, ele acusou Moro e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), de tentativa de extorsão. Os dois parlamentares eram juiz e procurador da Lava Jato, respectivamente.

    Em depoimento ao juiz federal Eduardo Appio, em 27 de março, Duran disse que, em 2016, depositou US$ 613 mil a um advogado ligado a Rosângela Moro, esposa de Moro. O objetivo seria Tacla fazer delação e que teria conhecimento de Dallagnol. Ao não continuar com os pagamentos, Duran teve prisão decretada por Moro. 

    O ex-juiz pediu a suspeição de Eduardo Appio. No mês passado, Dallagnol afirmou em rede social que o juiz Eduardo Fernando Appio "acreditou" em um acusado que "tentou enganar autoridades da Lava Jato".

    Mais condenações

    A partir de 2019 foram divulgadas na imprensa conversas entre Moro e procuradores do Ministério Público Federal (MPF-PR). De acordo com o vazamento dos diálogos, conhecidos como Vaza Jato, o então juiz era uma espécie de assistente de acusação, porque interferia nas denúncias elaboradores por promotores - estes é quem fazem denúncias e o juiz faz o julgamento, em um processo teoricamente separado, ou seja, o magistrado não pode interferir em acusações, pois recebe o material e tem que decidir de condena ou não. 

    Em 2021, o Supremo confirmou a decisão anteriormente proferida pela Segunda Turma da Corte no sentido de declarar a suspeição de Moro nos processos contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

    Em junho do ano seguinte, Moro foi derrotado no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) por fraude em domicílio eleitoral e não conseguiu ser candidato em território paulista. Disputou uma vaga pelo Senado no Paraná - e foi eleito. 

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