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Esposa diz que Guaranho fazia 'ronda' e por isso teria entrado na festa de Marcelo Arruda

A esposa estava com o filho recém-nascido no carro quando o Guaranho foi até a festa de Arruda e assassinou o petista

Marcelo Arruda e Jorge Guaranho (Foto: Reprodução)

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247 - A esposa do bolsonarista Jorge Guaranho, que assinou o militante petista Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu (PR), afirmou à RPC que o crime não teve motivação política e que o seu marido se sentiu agredido e ameaçado.

"O que motivou ele a voltar lá foi essa agressão, que ele se sentiu agredido, né, que ele se sentiu ameaçado, a família ameaçada. Então, por ele ter voltado lá, não tem nada a ver com Lula, não tem nada a ver com o Bolsonaro. A minha família, meu padrasto, minha mãe, eles votaram no Lula, entendeu? Nós conhecemos várias pessoas de outras famílias, nós fazemos churrasco", afirmou em entrevista ao repórter Marcos Landim.

A esposa estava com o filho recém-nascido no carro quando o Guaranho foi até a festa de Arruda e assassinou o petista. A festa era na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física de Itaipu (Aresf), onde, segundo ela, Guaranho era sócio e ia ao local jogar futebol toda segunda e sexta. "Era de praxe o pessoal que era associado fazer ronda, porque já houve alguns furtos no local", relatou.

Ela disse que quando Guaranho gritou “Bolsonaro mito”, para provocar os participantes da festa, “a pessoa que estava lá dentro, que creio eu que era aniversariante, pegou terra e pedras e tacou no nosso carro". De acordo com ela, participantes da festa teriam dito que havia policiais ali e que era para Guaranho ir embora. 

"Nesse momento eu me senti ameaçada, porque, ambos policiais, e aquela discussão acalorada. Eu abri a porta e implorei pelo meu filho; 'Por favor moço, to com meu bebê aqui, to com meu filho aqui!' Ai meu esposo acelerou o carro e foi...". Guaranho retornou à festa e disparou contra Arruda, matando o militante petista.

A esposa afirmou que Guaranho "ficou transtornado" e que ela teria implorado a ele para que não retornasse à festa de aniversário..

Ele teria respondido: "Vida. Ali é meu lugar, eles ameaçaram minha família. Eles tacaram pedras e terra na minha cara, poderia ter machucado nosso filho. Eu vou pelo menos voltar lá pra tirar a satisfação. Eles não podem fazer isso. Eu não fiz nada pra ninguém".

"Eram xingamentos né? Em relação à política, em relação ao político, a Bolsonaro, a Lula, a não sei o que e tal. E o meu esposo falou 'Bolsonaro Mito', e daí que acalorou um pouco mais ainda a situação né? Porque, como ele passou com a música, o pessoal se ofendeu lá dentro e começou a xingar ele né?", contou a esposa sobre as discussões.

"Ele é pró Bolsonaro sim, ele apoia, ele gosta de ta, assim, atento a todas as notícias políticas, Twitter, ele é ativo assim nessas questões, mas ele não é fanático, ele não é uma pessoa assim... entendeu? [...] Ele era pró Bolsonaro, sim, mas não é porque você é do PT que ele vai fazer alguma coisa com você, entendeu? Ele era pró Bolsonaro e era só isso, ele era direita, direita, e era o pensamento da direita que ele tinha, e o que motivou não tem nada a ver com a política, entendeu?", declarou.

"É um pesadelo, assim, porque é muito difícil sabe? Eu já não tenho mais nem forças, eu não como, eu não tô dormindo direito, eu não cuido do meu filho, eu tô assim, sabe, arrasada também, e sei também que pra eles é pior ainda pela situação de falecimento do esposo, eu sinto muito por isso por ter acontecido isso com eles né, mas é uma fatalidade que eu não pude evitar, né, que eu não pude evitar e não tive o que fazer", continuou.

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