Evento de Lula em Foz do Iguaçu é adiado após ameaças à comunidade árabe
O ato teria a presença de nomes como Roberto Requião e Gleisi Hoffmann, além do ex-presidente
247 - As lideranças brasileiro-árabes de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, que apoiam a chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), à Presidência da República receberem ameaças pela internet e adiaram um evento em favor dos candidatos petistas. Em nota, as lideranças afirmaram que os "direitos à vida e à liberdade estão acima das divergências e devem ser defendidos por todos".
"Censurar, perseguir, ofender, ameaçar, promover a intolerância e o ódio entre pessoas e grupos, ao ponto de fazer que alguns temam por suas próprias segurança e integridade, jamais!", disseram. "A nova data será divulgada em breve", informaram.
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Segundo os brasileiro-árabes, Lula e Alckmin representam a possibilidade de uma sociedade mais diversificada nos espaços político institucionais, acadêmicos e empresariais.
"Nós temos uma escolha legítima, que é Lula e Alckmin. Outras parcelas da sociedade têm outras. As respeitamos e admitimos. A diversidade é o oxigênio da democracia e do progresso", afirmaram.
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Os organizadores informaram que o ato em Foz do Iguaçu teria a presença de Geraldo Alckmin, candidato a vice na chapa de Lula, o candidato ao Governo do Paraná Roberto Requião (PT) e a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR).
Foz do Iguaçu foi onde morreu, no começo de julho, o tesoureiro do PT Marcelo Arruda, que levou tiros de um policial bolsonarista identificado como Jorge Castanho. Ele virou réu por homicídio duplamente qualificado. O policial cometeu o assassinato por diferenças políticas.
A pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17), mostrou vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno.
“NOTA DE ESCLARECIMENTO
As lideranças brasileiro-árabes de Foz do Iguaçu que apoiam a chapa Lula-Alckmin para a Presidência da República vêm a público informar o adiamento do evento de campanha do ex-presidente Lula, que teria as presenças de seu vice, Alckmin, o candidato ao governo do Paraná Roberto Requião e a presidente do PT Gleisi Hoffmann, previsto para o próximo dia 23. Nova data será divulgada em breve. A incompatibilidade de agendas motivou o adiamento.
Como progressistas, nos somamos aos milhões de brasileiros que acreditam num país melhor, mais justo, soberano, próspero e democrático, alcançável com Lula e Alckmin governando o Brasil, apoiados por ampla coalizão de partidos e forças sociais, de todas as ideologias e visões de mundo, irmanadas pelo bem comum de reconstruir o nosso país.
Acreditamos na correção de nossa posição e tivemos prova disso: nas poucas horas em que ofertamos os 400 convites para o jantar que aconteceria após o encontro, quase todos foram vendidos! Somos gratos a estas centenas de pessoas, que representam outras centenas, senão milhares, no mínimo seus familiares que, como nós, acreditam na força da democracia, da concórdia, da paz, da amizade, do progresso e da prosperidade.
Lamentamos, de outro lado, as pouquíssimas manifestações que buscaram descaracterizar o evento, promovido nos mais elevados valores democráticos que norteiam nosso povo. A diversidade política é inerente à democracia, sem a qual não existe ou é farsesca. A sociedade brasileira é diversa em opiniões e preferências, assim como os diversos grupos que a integram e lhe dão vida e pujança.
E nós temos uma escolha legítima, que é Lula e Alckmin. Outras parcelas da sociedade têm outras. As respeitamos e admitimos. A diversidade é o oxigênio da democracia e do progresso. Censurar, perseguir, ofender, ameaçar, promover a intolerância e o ódio entre pessoas e grupos, ao ponto de fazer que alguns temam por suas próprias segurança e integridade, jamais! Os direitos à vida e à liberdade estão acima das divergências e devem ser defendidos por todos.
Queremos o melhor para o Brasil, país que recebeu nossos antepassados e no qual vivemos livres de violência e intolerância, e o melhor para seu povo, do qual somos parte.
Queremos construir, na diversidade, consensos em torno do que é bom para todos, com diálogo civilizado, educado, respeitoso, em que adversários políticos não sejam inimigos. Opiniões divergentes ajudam na reflexão e correção de rumos. Só com diálogo e tolerância conquistaremos uma sociedade mais justa e próspera.
Este é o caminho que Lula e Alckmin pavimentam, num diálogo com toda a sociedade, para uma ampla coalização de vontades, que governará com estabilidade para todos – trabalhadores e empresários, pobres e ricos, homens e mulheres, jovens e velhos, todas as origens étnicas e religiosas, de todas as cidades e regiões do país, agricultores e industriais, comerciantes e prestadores de serviços.
Por fim, como brasileiros patriotas que somos, não descansaremos enquanto o Brasil não for líder global inconteste, um player na construção de um mundo de paz, no qual nossos bens e serviços alcancem todos os mercados, elevando nossa balança comercial e nosso superávit aos níveis que merecemos.
Até 2 de outubro, quando celebraremos a grande festa da democracia.
Brasileiro-árabes progressistas com Lula-Alckmin por um Brasil melhor
Foz do Iguaçu, 16 de agosto de 2022.”
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