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    Irmão de Marcelo Arruda, simpatizante de Bolsonaro, diz que crime "foi um ato político"

    Luiz Donizete conversou por telefone com Bolsonaro na semana passada e cobrou apoio e empatia do presidente

    (Foto: Reprodução/YouTube/PT)
    Guilherme Levorato avatar
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    247 - Em evento neste domingo (17) para cobrar justiça pelo assassinato do guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PR) Marcelo Arruda, o irmão do petista, Luiz Donizete, simpatizante de Jair Bolsonaro (PL), afirmou categoricamente que o episódio de setratou sim de "um ato político", ao contrário do que diz a Polícia Civil.

    Arruda foi morto pelo policial penal Jorge Guaranho, que invadiu a festa de aniversário de 50 anos do guarda, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula (PT), gritando "aqui é Bolsonaro", segundo testemunha.

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    "Aquele camarada [Guaranho] chegou lá e só teve aquela reação maldita porque viu um movimento [político] diferente do dele. E qual é o problema de o Marcelo ter um movimento diferente de qualquer outra pessoa?", questionou Donizete.

    A fala de todos os familiares de Arruda no evento foram no sentido de pedir paz e o fim da violência política. "A gente tem que ter um Brasil único, de brasileiros, que queiramos viver em paz. (...) Independentemente de lado A ou B, [temos que] condenar todo e qualquer ato de violência, seja ele de qual lado for. Isso a gente não pode abrir mão. Não é proibido você ter uma opção política, o que é proibido, é inaceitável é a agressão do ser humano ao ser humano, como meu irmão recebeu naquele momento. Isso tem que ser condenado", afirmou o irmão do petista.

    Luiz Donizete foi um dos irmãos que conversou com Jair Bolsonaro por telefone sobre o crime e cobrou por apoio do presidente. Na ocasião, cobrou o presidente por falta de empatia e apoio. “Todo mundo sabe que sou favorável à sua causa. No enterro do meu irmão tinham 35 coroas de flores e a minha empresa (Itaipu), à qual eu me doei 35 anos, não mandou uma coroa de flores”, lamentou.

    O irmão de Marcelo disse estar falando com o presidente como “um camarada” que “quer a continuação do governo”. “Nós temos vários diretores aqui nomeados pelo senhor e ninguém me ligou, mesmo sabendo que eu sou simpatizante do nosso lado. Isso me dói em particular”, prosseguiu.

    A esposa de Marcelo, Pâmella Silva, falou sobre a dor de perder o marido e se mostrou preocupada com o futuro dos filhos. O mais novo nasceu há apenas 45 dias.

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