Gleisi após Heleno mentir em CPMI: 'desde sempre o general esteve ao lado de Bolsonaro e estimulou o golpe'
'Agora vem falar que era brincadeira. Nem fica vermelho, que vergonha', afirmou a presidente do PT em referência ao ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional
247 - A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), criticou nesta terça-feira (26) o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Augusto Heleno, que, em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, resolveu negar a participação do tenente-coronel Mauro Cid em reuniões com Jair Bolsonaro (PL) e aliados para discutir sobre formas de colocar em prática um golpe de Estado no Brasil, e impedir a eleição do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Quem vê General Heleno depondo na #CPMIdoGolpe minimizando tudo e falando em respeito à ordem democrática acha que é um santo. Desde sempre esteve do lado do inelegível falando de comunismo e outras babaquices. Participou de reunião do golpe, estimulou o golpe e agora tem até áudio nas redes bolsonaristas prometendo uma ruptura política. E agora vem falar que não foi nada demais, que era brincadeira. Nem fica vermelho, que vergonha", afirmou. >>> Lula tem 52% de aprovação, diz nova pesquisa AtlasIntel
A parlamentar escreveu uma mensagem de solidariedade à senadora Eliziane Gama (PSB-MA), agredida verbalmente pelo general. "Golpista Heleno ficou totalmente destemperado na #CPMIdoGolpe, chegou a xingar a relatora @elizianegama. Essa falta de controle será culpa no cartório?! Força, companheira Eliziane, é isso aí!", afirmou Gleisi.
Na rede social, a petista aproveitou para desejar força à deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que denunciou estar sofrendo ameaças de morte desde quinta-feira (21). "Solidariedade à companheira @jandira_feghali que vem sendo ameaçada por bolsonaristas por conta de seu importante trabalho na CPMI do Golpe. Essa é a tática dessa gente, são pegos nos crimes e se escondem nas redes sociais pra tentar intimidar. Não passarão! Não vai ter anistia!", postou a deputada do PT. >>> Deltan pretendia acuar TCU e dizia que Bruno Dantas era "o osso mais duro de roer"
Na sua gestão, Bolsonaro estimulou um golpe ao tentar passar para a população a ideia de que o Poder Judiciário principalmente o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) atrapalhavam o governo. O ex-ocupante do Planalto defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição presidencial de 2022.
Nos quatro anos de mandato, Bolsonaro foi alvo de mais de cem pedidos de impeachment e também compareceu a atos golpistas. Em 8 de janeiro de 2023, seus apoiadores invadiram a Praça dos Três Poderes em Brasília (DF) num protesto contra a eleição de Lula. A Procuradoria-Geral da República denunciou mais de 1.300 pessoas por envolvimento nas manifestações terroristas. Pelo menos três delas foram condenadas no STF. Outros manifestantes ainda serão julgados. >>> Veja o exato momento em que Heleno é desmascarado na CPI por Rogério Correia (vídeo)
Em 2023, investigadores encontraram no celular do tenente uma minuta para um golpe de Estado no País com a decretação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) encontrada no celular do tenente-coronel Mauro Cid e que previa estado de sítio "dentro das quatro linhas" da Constituição. O militar foi ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), que usava o termo em declarações públicas.
Em junho, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deixou Bolsonaro inelegível por ataques sem provas ao sistema eleitoral brasileiro durante uma reunião com embaixadores em Brasília (DF). Em novembro do ano passado, o TSE multou o PL em R$ 22,9 milhões após o partido questionar a confiança das urnas eletrônicas. >>> Ex-comandante do Exército contou a oficiais detalhes de reuniões golpistas feitas por Bolsonaro
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