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Gleisi nega ter pedido o fim da Justiça Eleitoral e diz querer conversar com Alexandre de Moraes

O ministro do STF e presidente do TSE soltou nota nesta quinta-feira classificando como “errôneas e falsas” as críticas da presidente do PT à Justiça Eleitoral

Gleisi Hoffmann (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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247 - Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (22) durante viagem a Recife (PE), a presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), negou ter pedido o fim da Justiça Eleitoral durante discurso na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados nesta semana. “É importante dizer que não pedi o fim da Justiça Eleitoral. Fui mal compreendida”, declarou. >>> Gleisi explica a posição do PT sobre PEC 9, multas do TSE e cotas para negros e mulheres

Na sequência, Gleisi detalhou: “foi descontextualizada a minha fala em um debate sobre uma proposta específica, que é a PEC 9, que dá anistia aos partidos políticos das multas, seja de prestação de contas ou do processo eleitoral”. A presidente do PT é crítica dos valores das multas aplicadas aos partidos. “Eu fiz uma crítica - muito dura, sim - à Justiça Eleitoral, especificamente ao corpo técnico da Justiça Eleitoral, que reiteradamente não se atém aos aspectos técnicos da prestação de contas, coloca a vontade, faz interpretações e fere jurisprudência. Eu disse ‘olha, reclamam dos partidos políticos e dos valores das multas, mas nós temos um custo da Justiça Eleitoral’. Eu até citei na minha fala: é três vezes quase o que custa a campanha eleitoral. E é verdade. Acho que em uma democracia, qualquer instituição é passível de ter crítica, de ser discutida. Se os partidos podem sofrer, porque a Justiça Eleitoral não pode sofrer? Acho que fazer esse debate é salutar. Nós temos uma Justiça Eleitoral que custa nove vezes o que custa o sistema partidário. O Fundo Partidário que está sendo distribuído neste ano aos partidos é cerca de R$ 1,2 milhão. O orçamento da Justiça Eleitoral é R$ 10,7 milhões”.

A parlamentar também disse não admitir “questionamento da minha postura em defesa da democracia, das instituições, do processo democrático brasileiro. Estive à frente disso não só lá atrás, no combate à ditadura, na construção da democracia brasileira, mas também recentemente quando combati o lawfare, a prisão injusta do presidente Lula, quando disse a importância de ter processos que se atenham à Constituição e ao Estado Democrático de Direito”.

Sobre a nota que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) soltou após a repercussão do discurso de Gleisi, a parlamentar disse querer conversar pessoalmente com o magistrado e afirmou que a reação do ministro pode ter partido de interpretações equivocadas. “Respeito muito o ministro Alexandre de Moraes. Acho que ele soltou uma nota que não sei se ele teve condições de ouvir a minha fala. Eu fiz uma fala de 15 minutos na Comissão de Constituição e Justiça. Respeito o posicionamento dele. Ele foi impelido a fazer uma defesa da Justiça Eleitoral nesse calor dos debates, em cima do que a mídia soltou da interpretação da minha fala. Quero ver se tenho a oportunidade de logo conversar com ele para esclarecer isso e também ele se inteirar do que eu falei, e eu poder também reiterar as críticas que fiz à Justiça Eleitora”.l

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