Gleisi rebate Campos Neto: alta dos juros sufoca o presente e compromete o futuro
"Quer dizer que o Copom subiu juros agora porque aposta em inflação no futuro distante? Beira ao cinismo", disse Gleisi após fala do presidente do BC
247 - A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez duras críticas à justificativa do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre a recente alta da taxa Selic. Campos Neto, em entrevista, defendeu que as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) não são baseadas em dados de curto prazo, mas em projeções econômicas de longo prazo. Gleisi, no entanto, classificou essa postura como "cínica" e acusou o BC de penalizar a economia atual em nome de uma previsão inflacionária distante.
"Quer dizer que o Copom subiu juros agora porque aposta em inflação lá no futuro distante? Beira ao cinismo essa fala do bolsonarista Campos Neto, porque é hoje que o país paga essa conta, gastando mais com a dívida pública, represando crédito e investimento. E assim não teremos futuro nenhum", disparou a deputada por meio de postagem no Bluesky.
A fala de Gleisi ecoa as críticas de outros setores do governo e do mercado que acreditam que a alta da Selic tem imposto um alto custo à economia nacional, elevando as despesas com a dívida pública e desestimulando o investimento e o crédito no presente.
Em sua entrevista, Campos Neto reiterou que o aumento dos juros não está vinculado a dados imediatos, mas sim às previsões de médio e longo prazo, que consideram a curva de juros e o crescimento projetado para a economia. Segundo ele, o Copom toma suas decisões com base em uma análise do cenário futuro, e não apenas nas condições atuais. Campos Neto também deixou em aberto as próximas decisões sobre a Selic, indicando que a evolução dos dados econômicos será crucial para definir os próximos passos.
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