Irmã de Marcelo Arruda critica Bolsonaro por telefonema: "primeiro bate e depois quer consolar"
Luziana de Arruda criticou as declarações do chefe de governo minimizando o atentado terrorista cometido por Jorge José da Rocha Guaranho
247 - Luziana de Arruda, 44, uma das irmãs de Marcelo Arruda, militante petista assassinado por um terrorista bolsonarista em Foz do Iguaçu (PR), criticou o telefonema de Jair Bolsonaro à família da vítima, em que o chefe de governo não prestou a devida solidariedade aos enlutados.
Segundo ela, Bolsonaro só demonstrou interesse em falar com a família de Marcelo Arruda depois de o caso tomar o noticiário. "De repente eles resolvem se compadecer da nossa família, resolvem querer nos ouvir. Acho que ele [Bolsonaro] viu que a coisa tomou proporção gigantesca e resolveu voltar atrás das palavras", disse ela, conforme a Folha de S. Paulo.
Ela criticou as declarações do chefe de governo minimizando o atentado cometido por Jorge José da Rocha Guaranho. Bolsonaro reclamou da violência de "petistas" que chutaram a cabeça de Jorge, e o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que casos como este acontecem "todo final de semana", com "gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas".
"[O vídeo da conversa com os irmãos] foi usado para cunho político, quando as declarações do senhor presidente da República e do seu vice não foram as declarações legais", disse a irmã. "Depois que bate ele resolve consolar. A mesma mão que pune é a mesma mão que afaga?".
Luziana também criticou o modo como o vídeo do telefonema foi divulgado. "Para nós foi um choque o que aconteceu e ver daquele jeito a divulgação do vídeo", disse.
Ela é a caçula dos sete irmãos e era bastante próxima de Marcelo Arruda.
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