Juiz escolhido por Lula em caso que pode cassar Moro diz sentir "zero pressão" e promete isenção
Julgamento ocorre no primeiro dia de abril
247 - O juiz José Rodrigo Sade, recém-indicado por decisão do presidente Lula (PT) para o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), onde será julgado o processo que pode resultar na cassação do mandato do ex-juiz suspeito e atual senador da República, Sergio Moro (União-PR), afirmou à coluna Painel da Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (6) que sente "zero pressão" em relação ao julgamento e prometeu exercer sua função com isenção.
"Na minha campanha ninguém me exigiu nada, foi tudo super transparente, técnico e ético, como tem que ser, né?", declarou Sade.
Questionado sobre sua atuação prévia como advogado de Deltan Dallagnol, ex-deputado e aliado de Moro na Operação Lava Jato, Sade respondeu: "não há uma previsão legal de impedimento de advogado quando vira juiz e atendeu um ex-cliente que não é parte do processo. Seria impedimento se eu tivesse atendido o próprio réu do processo".
O juiz assegurou que não se sente impedido de julgar o caso com imparcialidade: "Não me sinto em nada impedido para julgar essa ação com toda isenção que ela merece, como qualquer outra ação no tribunal".
Moro é investigado por abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação durante sua campanha eleitoral em 2022. As ações movidas pelo PT e pelo PL contra Moro tiveram suas datas de julgamento adiadas duas vezes, devido à necessidade do quórum máximo do TRE para tais casos. Sade, agora no cargo, enfrentará a responsabilidade de participar do julgamento marcado para o dia 1º de abril.
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