Juiz que mandou prender Tacla Duran é sogro da filha de Moro
O filho do desembargador Marcelo Malucelli, o advogado João Eduardo Malucelli, é sócio do escritório de advocacia de Moro e é namorado de Júlia Wolff Moro, filha do ex-juiz
247 - O desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4, que determinação a prisão do advogado Rodrigo Tacla Duran, é duplamente ligado ao ex-juiz Sérgio Moro, hoje senador, e à sua esposa, Rosangela Moro, hoje deputada federal.
O filho do magistrado, o advogado João Eduardo Malucelli, é sócio do escritório de advocacia de Moro e é namorado de Júlia Wolff Moro, de 22 anos, filha mais velha do ex-juiz suspeito.
Tacla Duran já denunciou ter sido vítima de perseguição e extorsão para não ser preso pela Operação Lava Jato. Pelas redes sociais, Duran denunciou o conflito de interesses na decisão do desembargador do TRF-4. “Além de sócio do casal Moro, João Malucelli também é genro deles. Ele tem um relacionamento com Julia Wolff, filha mais velha de Rosângela e Moro”, afirmou Tacla Duran.
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Acusações contra lavajatistas
Tacla Duran afirmou que foi alvo da "lava jato" por não ter aceitado ser extorquido. "O que estava acontecendo era um bullying processual, em que me fizeram ser processado pelo mesmo fato em cinco países por uma simples questão de vingança."
Tacla Duran foi preso preventivamente na "lava jato", em 2016. Seis meses antes, ele tinha sido procurado pelo advogado Carlos Zucolotto Júnior, que era sócio de Rosangela Moro.
Em conversa pelo aplicativo Wickr Me, Zucolotto teria oferecido acordo de colaboração premiada, que seria fechado com a concordância de "DD" (iniciais de Deltan Dallagnol). Em troca, queria US$ 5 milhões. Zucolotto teria dito que os pagamentos deveriam ser feitos "por fora".
Um dia depois, segundo Tacla Duran, seu advogado no caso recebeu uma minuta do acordo em papel timbrado do Ministério Público Federal, com os nomes dos procuradores envolvidos e as condições negociadas com Zucolotto.
Em 14 de julho de 2016, Tacla Duran fez transferência bancária para o escritório de um outro advogado, no valor de US$ 613 mil, o equivalente hoje a R$ 3,2 milhões. A transferência era a primeira parcela do pagamento pela delação. "Paguei para não ser preso", disse o advogado em entrevista a Jamil Chade, do UOL.
Porém, depois ele deixou de fazer os pagamentos, e Sergio Moro decretou sua prisão preventiva. Contudo, o advogado já estava fora do Brasil. Ele acabaria preso em Madri.
No último dia 26, o influencer Thiago dos Reis divulgou o documento de transferência bancária para a conta do segundo advogado, que foi parceiro de Rosangela Moro em ações da Federação da Apae no Paraná e também na defesa da família Simão, um caso que ficou conhecido como "máfia das falências". (*Com Conjur)
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