Luciana Genro aciona Ministério Público contra palestra sobre ‘epidemia de transgêneros’
A palestra “Epidemia de transgêneros – O que está ocorrendo com nossas crianças e adolescentes?” está programada para acontecer no dia 18 de março, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e será ministrada pela médica psiquiatra Akemi Shiba.
Sul 21 - A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) protocolou nesta quarta-feira (4) uma representação junto ao Ministério Público do Rio Grande do Sul para que seja investigada a palestra sobre “epidemia de transgêneros” programada para acontecer no dia 18 de março na Assembleia Legislativa. “Esta iniciativa é uma provocação contra a população trans, promovendo crime de ódio e violência”, defende Luciana.
A palestra “Epidemia de transgêneros – O que está ocorrendo com nossas crianças e adolescentes?” está programada para acontecer no dia 18 de março, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e será ministrada pela médica psiquiatra Akemi Shiba. O Espaço de Convergência da AL foi reservado para o evento pelo mandato do deputado estadual Eric Lins (DEM).
A denúncia ao MP é assinada por Luciana Genro, pelas militantes trans Natasha Ferreira, primeira mulher trans a assumir um cargo na Assembleia, e Cleonice Araújo, presidenta do Conselho Estadual de Promoção dos Direitos LGBTs, além da deputada federal Fernanda Melchionna, do vereador Roberto Robaina e do ex-deputado Pedro Ruas, coordenador da Bancada do PSOL no Parlamento gaúcho.
Além disso, a SOMOS – Comunicação, Saúde e Sexualidade e mais 18 organizações da sociedade civil divulgaram nota em repúdio ao evento. Após formalização de pedido de cancelamento da palestra na Assembleia Legislativa do Rio Grande o evento trocou de nome, mas segue na programação com a mesma proposta de conteúdo e ministrante.
Akemi Shiba, contrariando organizações internacionais e o próprio Conselho Federal de Medicina, vem se manifestando contra mudanças na resolução sobre cirurgias de adequação sexual e procedimentos com hormonioterapia para pessoas com incongruência de gênero. Em artigo publicado na página Articulação Conservadora, Akemi afirma que “está se criando um contingente de jovens estéreis, mutilados e com grande sofrimento emocional”.
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