Manuela D'Avila: 'é urgente que investiguem quem mandou matar Zico Bacana e Marielle Franco'
A ex-parlamentar recordou os assassinatos de alguns investigados pelo assassinato da ex-vereadora
247 - Ex-deputada federal e ex-candidata a vice-presidente da República, Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) alertou para os homicídios contra pessoas que tinham envolvimento na investigação do assassinato da ex-vereadora da cidade do Rio de Janeiro (RJ) Marielle Franco (PSOL). O ex-vereador Zico Bacana morreu nesta segunda (7) após levar tiros na zona norte da capital. Ele foi ouvido como testemunha nas apurações do crime.
"O ex-vereador Zico Bacana, ouvido como testemunha no caso Marielle, foi assassinado. Outras cinco pessoas investigadas no caso já haviam sido mortas desde o início das investigações. É urgente que investiguem quem mandou matá-lo e quem mandou matar Marielle e Anderson!", escreveu a ex-parlamentar.
Ao menos cinco investigados pelo assassinato da ex-vereadora foram assassinados a tiros nos últimos anos. Internautas repercutiram o homicídio de Zico Bacana e cobraram de investigadores que descubram quem foi o mandante do crime contra Marielle.
Em 24 de julho, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi preso nesta segunda-feira (24) por envolvimento no assassinato. Ele atuou na "vigilância" e "acompanhamento" da ex-parlamentar, afirmou o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Em delação, o ex-policial Élcio Queiroz admitiu que dirigia o carro de onde partiram os tiros contra a ex-vereadora. De acordo com o delator, outro policial, Ronnie Lessa, foi responsável pelos disparos. Queiroz afirmou que o sargento da PM Edmilson da Silva de Oliveira, o Macalé, morto em 2021, foi quem apresentou a Lessa o "trabalho" de executar Marielle. As investigações apontaram que ajudou os milicianos a descobrir mais informações da rotina da vereadora.
O delator afirmou que Suel procurou Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como "Orelha", para se desfazer do carro usado no homicídio. Queiroz disse que Orelha tinha uma agência de automóveis e foi dono de um ferro velho. Conhecia pessoas que possuem peças de carros.
Ativista de direitos humanos, Marielle fazia denúncias contra a violência policial nas favelas e criticava a atuação de milícias - grupos que praticam homicídio, tráfico e cobram ilegalmente taxas de serviços como luz e energia nas periferias.
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