Movimento negro diz que indiciados pela morte de João Alberto deveriam responder por racismo
Foram indiciadas seis pessoas, que responderão por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima - mas não pelo crime de racismo
247 - Setores do movimento negro ouvidos pelo G1 afirmaram que os indiciados pela morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, deveriam responder pelo crime de racismo. O homem foi espancado até a morte por dois seguranças do Carrefour no dia 19 de novembro.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em inquérito desta sexta-feira, 11, cita o racismo estrutural como uma das causas para o assassinato. Foram indiciadas seis pessoas, que responderão por homicídio triplamente qualificado: por motivo torpe, asfixia e recurso que impossibilitou a defesa da vítima - mas não pelo crime de racismo.
Para o advogado e especialista em Direito Público Gleidson Renato Martins Dias, a citação do racismo estrutural no relatório da Polícia Civil sobre o indiciamento foi muito tímido.
"Faltou ela linkar [relacionar] o motivo torpe ao motivo racial. Ela faz isso textualmente de forma muito tímida, citando inclusive apenas um só teórico [o professor e filósofo Sílvio Almeida], temos tantos outros - Sueli Carneiro, Adilson Gonzaga, o próprio Adbias do Nascimento, que já falava lá em 1979 sobre o genocídio da população negra, então foi tímida no meu ponto de vista abordagem teórica", analisa Gleidson.
❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com redacao@brasil247.com.br.
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: