"Nós estamos em guerra, mas nossa arma é o voto", diz Requião em ato por Marcelo Arruda, petista morto por bolsonarista
Ex-governador e pré-candidato ao governo do Paraná disse que o assassinato de Arruda 'foi inspirado pelo comportamento irracional e intolerável de Bolsonaro'
247 - Ex-governador e pré-candidato ao governo do Paraná pelo PT, Roberto Requião participou neste domingo (17) do ato em Foz do Iguaçu que pediu justiça por Marcelo Arruda, guarda municipal e tesoureiro do PT assassinato pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho.
Requião se disse indignado, destacou a "evidente" motivação política do crime - o que a polícia nega - e protestou contra a concentração do capital financeiro. "Estou tomado pela indignação com o que aconteceu com o companheiro Marcelo Arruda. Estou horrorizado com tudo que aconteceu. Acho que nós precisamos no Brasil da tolerância política, temos que discutir as teses, temos que tomar uma posição semelhante à do Papa Francisco, que é de intolerância com o domínio absoluto do capital concentrado na mão de meia dúzia de pessoas, escravizando a população dos países, do Paraná e do nosso Brasil".
O petista não deixou de destacar a responsabilidade de Jair Bolsonaro (PL) no episódio de violência e ódio político. "O fato ocorrido aqui foi inspirado pelo comportamento irracional e intolerável do presidente da República, que estimula a violência e influencia de forma clara uma minoria de pessoas, influenciadas pela Rede Globo, pela dominação do país pelo capital financeiro e pelos poderosos acumuladores de dinheiro. A tolerância é o nosso princípio, mas a tolerância tudo tolera, menos a intolerância. Marcelo foi vítima da intolerância e do crime evidentemente político, que deve nos levar com toda clareza à reação e à indignação".
"Nós estamos em guerra, em guerra contra o domínio do capital e a escravização das pessoas. Mas em um espaço democrático, esta guerra nós enfrentamos desarmados, porque no espaço democrático, que culminará nas eleições de outubro, o voto é a arma do soldado cidadão, e nós vamos varrer a intolerância, o domínio do capital e a subserviência das pessoas ante a concentração de recursos dos muito ricos. Nós vamos, com calma, inteligência e racionalidade, na linha do nosso papa Francisco. O capital não pode dominar o mundo. Não se poder servir a Deus e ao dinheiro. Não podemos submeter a felicidade dos povos ao domínio absoluto do capital concentrado e insensível. Identidade com o povo, fraternidade e amor, tolerância e reação firme, causada pela indignação que nos avassala a alma e que irá se manifestar nas eleições de outubro. Sempre com Marcelo! Queremos que o governo do Paraná e do Brasil sejam um reflexo da coragem, da alegria e da decisão de Marcelo Arruda", acrescentou.
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