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    Polícia Civil abre inquérito para apurar crime de racismo em falas de vereador de Caxias do Sul contra trabalhadores baianos

    Rafael Keller, delegado responsável pelo inquérito, disse que o crime de racismo “foi o registro inicial, mas pode mudar até o final do inquérito ou até ser incluído outro crime”

    Sandro Fantinel (Foto: Reprodução (TV Caxias))

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    247 - A Polícia Civil de Caxias do Sul instaurou, nesta quarta-feira (1),  um inquérito para apurar o crime de racismo do vereador Sandro Fantinel (Patriota) que criticou os trabalhadores baianos resgatados em situação análoga à escravidão em uma vinícola de Bento Gonçalves, no interior do estado. 

    No discurso, feito no plenário da Câmara Municipal na terça-feira (28), Fantinel afirmou que os baianos vivem na praia, tocando tambor" e sugeriu a contratação de argentinos alegando que eles “são limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário e ainda agradecem o patrão”, ao contrário dos nordestinos.

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    Segundo o jornal O Globo, o delegado Rafael Keller, responsável pelo inquérito, disse que a investigação ainda está no início e que o crime de racismo “foi o registro inicial, mas pode mudar até o final do inquérito ou até ser incluído outro crime”. A Polícia Civil solicitou à Câmara Municipal o acesso à íntegra das declarações feitas pelo parlamentar. 

    De acordo com a reportagem, a Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) também deverá ingressar com uma representação junto aos Ministérios Públicos Federal e Estadual contra Fantinel, além de estar avaliando dar entrada em uma ação indenizatória de reparação por dano moral.

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