Políticos detonam Moro após decisão anunciada por Dias Toffoli
De acordo com o deputado Lindbergh Farias, a suspensão do pagamento de multas pela antiga Odebrecht "mostra como a Lava Jato foi recheada de crimes e irregularidades"
247 - Políticos criticaram o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determinar nesta quarta-feira (31) a suspensão do pagamento de multas pela empreiteira Novonor, antiga Odebrecht, no contexto do acordo de leniência firmado com o Ministério Público em 2016, no âmbito da operação Lava Jato, que tinha o parlamentar como juiz de primeira instância - em 2021, o STF declarou a suspeição de Moro na função de magistrado.
De acordo com o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), a decisão anunciada pelo ministro Dias Toffoli "mostra como a Lava Jato foi recheada de crimes e irregularidades".
Também houve repercussão sobre o julgamento de Moro no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), marcado para o dia o próximo dia 19 após acusação de abuso de poder econômico durante a pré-campanha de 2022.
"O ex-juiz parcial já está falando que isso é perseguição do PT", criticou a deputada federal Elika Takimoto (PT-RJ). "Porém, as ações que pedem a cassação são movidas também (e até mesmo) pelo PL! Moro pode ficar inelegível como Bolsonaro. Bem...não foi por falta de aviso".
O deputado federal Elvino Bohn Gass (PT-RS) também destacou as denúncias contra o ex-juiz. "Com menos de um ano na política, Moro já havia se filiado a dois partidos, anunciado a candidatura a três cargos (presidente, deputado e senador) em dois estados diferentes. Nessa confusão ideológica, ganhou dinheiro de um partido e concorreu por outro. Será julgado por isso".
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