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    Quem é o brasileiro preso pela PF que planejava um ataque terrorista no país

    Daniel Andrade, de Porto Alegre, mantinha contato com extremistas no exterior e acumulava arsenal em casa

    (Foto: Reprodução)
    Camila França avatar
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    247 - A Polícia Federal (PF) identificou e prendeu um brasileiro considerado uma "ameaça concreta" à segurança nacional. A informação, obtida pela reportagem do Metrópoles, revela que Daniel Andrade, residente em Porto Alegre (RS), planejava ações terroristas no país. Ele era alvo da Operação Mujahidin, deflagrada com o apoio da Brigada Militar do Rio Grande do Sul e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

    Nas redes sociais, Daniel se apresentava como Daniel Andrade Abdallah e compartilhava frequentemente imagens de grupos extremistas, além de exibir bandeiras e símbolos ligados a organizações como a Al-Qaeda e o Estado Islâmico. Segundo o relatório final da PF enviado à Justiça Federal, ele mantinha contato direto com extremistas no exterior e demonstrava interesse em se unir a organizações terroristas. "Ele realizava pesquisas sobre atentados, fabricação de explosivos e o uso de equipamentos e vestimentas táticas para ações violentas", destacou o documento.

    Arsenal e ideologia extremista

    Durante a operação, a PF apreendeu um vasto arsenal na residência de Daniel, incluindo facas, machadinhas, porretes, bastões, simulacros de armas de fogo, armas de pressão, airsoft, soqueiras, colete balístico, munições, gás de pimenta e material incendiário. Além do armamento, foram encontrados livros, vídeos, camisetas e bandeiras com referências diretas a grupos terroristas. A investigação também identificou conteúdo de apologia ao nazismo, supremacia branca e incitação ao extermínio do povo judeu.

    A PF classificou o caso como de "alta periculosidade", ressaltando que Daniel estava em fase avançada de radicalização. "Ele estava aprendendo com extremistas e se preparando para possíveis atentados, o que exigiu uma ação rápida para prevenir riscos à população", afirmou um dos investigadores.

    O inquérito segue sob sigilo na Justiça Federal, e Daniel pode responder por crimes como terrorismo, incitação ao ódio, apologia ao nazismo e posse de armamento restrito.

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