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Sucesso do governo Lula depende da economia e do desfecho da guerra, diz Tarso Genro

Ex-ministro avalia que desempenho de Lula na questão internacional pode ampliar ou não sua base de apoio entre evangélicos

(Foto: Divulgação)

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247 – Em uma entrevista ao jornal O Globo, o ex-ministro Tarso Genro, que ocupou importantes cargos nos primeiros governos de Luiz Inácio Lula da Silva, expressou suas visões sobre o atual cenário político brasileiro e os desafios que o presidente Lula enfrenta em seu terceiro mandato. Genro destacou a crescente fragmentação do Congresso Nacional como um obstáculo significativo à governabilidade e ressaltou que Lula está lidando com essa realidade por meio de estratégias que envolvem ambiguidades e contradições.

Segundo o ex-ministro, o sucesso do governo de Lula dependerá, em grande parte, da capacidade de aprovar medidas-chave, como a reforma tributária e projetos destinados a aumentar a arrecadação. A recuperação da economia é um fator crítico, assim como o desempenho de Lula no conflito entre Israel e Hamas. Genro acredita que esses eventos terão um impacto significativo na capacidade do governo de ampliar seu apoio, inclusive entre segmentos da população que não apoiaram Lula nas eleições de 2022, como os evangélicos.

Quando questionado sobre a complexidade do atual sistema político brasileiro, Tarso Genro enfatizou que houve uma profunda deformação no sistema político e na representação parlamentar, com um Congresso fragmentado e diversos blocos de interesses. Essa situação torna essencial para o governo de Lula negociar com diferentes grupos para garantir a governabilidade.

Genro também mencionou a importância de manter o equilíbrio fiscal como um elemento fundamental para criar estabilidade e atrair investimentos no Brasil, especialmente em uma economia globalizada.

No que diz respeito à escolha do próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula, Genro argumentou que o critério mais importante não deve ser o gênero, mas sim a capacidade de contribuir para a tomada de decisões justas e equilibradas no STF.

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