Toffoli suspende ações de Tacla Duran e determina que sejam encaminhadas ao STF
Lewandowski, agora aposentado, já havia tomado a mesma decisão, porém ela não foi respeitada. Toffoli solicitou informações sobre o descumprimento dessa medida
247 - O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender duas ações penais relacionadas ao caso Tacla Duran, que estavam em andamento na 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, e determinou que cópias dos processos sejam enviadas ao STF, informa o Metrópoles. Toffoli será o relator dos casos.
Anteriormente, o ministro Ricardo Lewandowski, que agora está aposentado, já havia tomado a mesma decisão, porém ela não foi respeitada. Toffoli solicitou informações sobre o descumprimento dessa medida.
O advogado Rodrigo Tacla Duran é réu por lavagem de dinheiro em relação à empreiteira Odebrecht, no âmbito da Operação Lava Jato. Ele é apontado como um dos operadores das offshores criadas pelo "departamento de propina da Odebrecht" e teria recebido R$ 36 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato, incluindo a UTC, Mendes Júnior e EIT.
Tacla Duran chegou a ser preso por três meses na Espanha em 2016, sendo de ascendência espanhola. No entanto, o advogado foi temporariamente solto após recorrer ao sistema judiciário espanhol.
Duran acusa o ex-juiz parcial Sergio Moro (União Brasil-PR), atualmente senador, e o ex-coordenador da Lava Jato e deputado cassado, Deltan Dallagnol (Podemos-PR), de tentativa de extorsão para evitar sua prisão durante a operação.
Em 2019, Tacla Duran afirmou ter feito um pagamento inicial de US$ 612 mil a um advogado ligado a Sergio Moro, chamado Marlus Arns, que havia trabalhado com Rosângela Moro, esposa de Sergio. O advogado alega que se recusou a pagar o restante.
Na época, Duran relatou ter sido abordado por Carlos Zucolotto Júnior, então sócio de Rosângela Moro, para efetuar um pagamento "por fora" e obter um acordo de delação premiada.
O advogado entregou à Justiça fotos e gravações que, segundo ele, comprovariam suas acusações. Devido ao "grande poder político e econômico dos envolvidos", Tacla Duran foi incluído no programa federal de testemunhas protegidas. Atualmente, ele reside na Espanha.
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