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    Indústria brasileira cresce 3% nos oito meses de 2024, aponta IBGE

    Com esses resultados, a produção industrial se encontra 1,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020)

    Indústria brasileira (Foto: Agência Brasil )

    Agência IBGE de Notícias - Em agosto de 2024, a produção industrial nacional apresentou variação positiva de 0,1% frente a julho, na série com ajuste sazonal, após recuar 1,4% em julho e avançar 4,4% em junho de 2024.

    A média móvel trimestral cresceu 1,0% no trimestre encerrado em agosto de 2024 em relação ao nível do mês anterior. Frente a agosto de 2023, a indústria avançou 2,2%, terceira taxa positiva consecutiva, mas com a expansão menos intensa dessa sequência. Com isso, o setor industrial apontou crescimento de 3,0% nos oito meses de 2024. No acumulado nos últimos dozes, o avanço de 2,4% manteve taxa positiva e intensificou o ritmo de expansão frente aos resultados de julho (2,2%), de junho (1,5%) e de maio de 2024 (1,2%).

    O setor industrial, ao mostrar variação positiva de 0,1% em agosto de 2024 frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, volta a ficar no campo positivo após recuar 1,4% no mês anterior. No índice desse mês, diferentemente do que havia sido observado nos dois meses anteriores, verifica-se predomínio de taxas negativas, uma vez que 18 das 25 atividades industriais pesquisadas apontaram queda na produção.

    Com esses resultados, a produção industrial se encontra 1,5% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020); mas ainda está 15,4% abaixo do nível recorde de maio de 2011.

    Ainda na série com ajuste sazonal, o total da indústria, no índice de média móvel trimestral, intensifica o ritmo de crescimento nesse mês e prossegue com a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2023.

    Na variação positiva de 0,1% da atividade industrial na passagem de julho para agosto de 2024, duas das quatro grandes categorias econômicas e somente sete dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram avanço na produção.

    Em agosto, indústrias extrativas têm a maior influência positiva

    Entre as atividades, a influência positiva mais importante veio de indústrias extrativas, que cresceu 1,1% nesse mês, após recuar 2,2% em julho quando interrompeu dois meses consecutivos de expansão na produção, período em que acumulou ganho de 5,8%. Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (3,6%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,0%) e de produtos químicos (0,7%).

    Veículos automotores, é um dos destaques entre as 18 atividades no campo negativo

    Por outro lado, entre as 18 atividades que apontaram queda na produção, veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,3%), produtos diversos (-16,7%) e impressão e reprodução de gravações (-25,1%) exerceram os principais impactos na média da indústria. A primeira interrompeu dois meses seguidos de crescimento, período em que acumulou expansão de 16,0%; e os dois últimos eliminaram parte dos avanços registrados no mês anterior (20,7% e 30,9%, respectivamente).

    Outros impactos negativos relevantes vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-6,2%), de produtos de metal (-4,0%), de metalurgia (-2,5%), de bebidas (-3,4%), de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-6,6%), de máquinas e equipamentos (-2,7%), de celulose, papel e produtos de papel (-2,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,9%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-3,6%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-0,4%).

    Bens de consumo semi e não duráveis e bens intermediários têm taxas positivas

    Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) e bens intermediários (0,3%) apresentaram as taxas positivas em agosto de 2024, com ambas revertendo os recuos registrados no mês anterior: -3,1% e -0,4%, respectivamente.

    Por outro lado, bens de capital (-4,0%) e bens de consumo duráveis (-1,3%) assinalaram os resultados negativos, com ambos interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumularam expansão de 2,8% e 14,1%, respectivamente.

    Média móvel cresce 1,0% em agosto de 2024

    Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o total da indústria cresceu 1,0% no trimestre encerrado em agosto de 2024 frente ao nível do mês anterior, e manteve a trajetória predominantemente ascendente iniciada em agosto de 2023.

    Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (4,0%) assinalou a taxa positiva mais elevada em agosto de 2024 e intensificou os avanços registrados em julho (2,4%) e junho (1,6%) de 2024. Os setores produtores de bens intermediários (0,8%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também apontaram crescimento na produção nesse mês, com o primeiro marcando o terceiro mês seguido de expansão, período em que acumulou ganho de 1,5%; e o segundo permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em novembro de 2023.

    Por outro lado, bens de capital, ao recuar 0,4%, assinalou o único resultado negativo em agosto de 2024 e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2023.

    Indústria avançou 2,2% em relação a agosto de 2023

    Frente a agosto de 2023, a indústria teve expansão de 2,2% em agosto de 2024, com resultados positivos nas quatro das grandes categorias econômicas, 18 dos 25 ramos, 50 dos 80 grupos e 56,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que agosto de 2024 (22 dias) teve 1 dia útil a menos do que igual mês do ano anterior (23).

    Entre as atividades, as principais influências positivas vieram de indústrias extrativas (5,6%), veículos automotores, reboques e carrocerias (12,6%) e produtos químicos (5,6%).

    Vale destacar também as contribuições positivas assinaladas pelos ramos de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (14,0%), de produtos de metal (7,6%), de produtos de borracha e de material plástico (5,9%), de outros equipamentos de transporte (15,5%), de metalurgia (2,6%), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,7%) e de móveis (8,5%).

    Por outro lado, ainda na comparação com agosto de 2023, entre as sete atividades que apontaram redução na produção, a de produtos alimentícios (-2,7%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.

    Outros impactos negativos relevantes foram registrados por coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%), impressão e reprodução de gravações (-25,1%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,7%), manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-7,5%) e celulose, papel e produtos de papel (-3,0%).

    Em relação a agosto de 2023, todas as categorias têm taxas positivas

    Entre as categorias econômicas, ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (12,1%) assinalou, em agosto de 2024, expansão de dois dígitos e a mais acentuada entre as grandes categorias econômicas. Os setores produtores de bens de capital (4,9%), de bens intermediários (2,4%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,4%) também mostraram resultados positivos nesse mês, com os dois primeiros apontando avanços mais elevados do que o verificado na média da indústria (2,2%); e o último assinalando o crescimento mais moderado.

    O setor de bens de consumo duráveis, ao avançar 12,1% em agosto de 2024 frente a igual período do ano anterior, marcou a terceira taxa positiva consecutiva.

    A produção de bens de capital mostrou expansão de 4,9% em agosto de 2024 frente a igual período do ano anterior e apontou a quinta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

    Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, o segmento de bens intermediários avançou 2,4% em agosto de 2024 e marcou a terceira taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

    O setor produtor de bens de consumo semi e não duráveis mostrou variação positiva de 0,4% em agosto de 2024 frente a igual período do ano anterior e marcou a quinta taxa positiva consecutiva nesse tipo de comparação.

    No acumulado do ano, indústria avança 3,0%

    No índice acumulado para janeiro-agosto de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial avançou 3,0%, com resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 25 ramos, 56 dos 80 grupos e 58,8% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias (8,8%), produtos alimentícios (3,2%), indústrias extrativas (2,3%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,8%).

    Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-agosto de 2023, entre as cinco atividades com redução na produção, a de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,4%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria.

    Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os oito meses de 2024 mostrou maior dinamismo para bens de consumo duráveis (8,6%) e bens de capital (6,6%). Os setores produtores de bens de consumo semi e não duráveis (3,4%) e de bens intermediários (2,3%) também apontaram resultados positivos no índice acumulado do ano, com o primeiro assinalando avanço mais elevado do que o verificado na média da indústria (3,0%); e o segundo registrando o crescimento menos acentuado.

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