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    Mercadante rebate críticas do CEO da Suzano à política industrial do governo Lula: "desconhecimento completo"

    CEO criticou o programa de incentivo à indústria, falando em independência das empresas de "apoios governamentais”. Suzano é 5ª empresa que mais recebeu créditos do BNDES

    O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, em audiência no Senado (Foto: Geraldo Magela/Agência Senado)

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    247 - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, reagiu às críticas feitas pelo presidente da Suzano, Walter Schalka, em relação ao programa de incentivo à indústria lançado pelo governo Lula (PT). Ao jornal O Globo, Schalka falou em "maturidade na economia brasileira para as empresas serem independentes de apoios governamentais”. Ele também disse que “os subsídios não deram certo no passado”. Contudo, Mercadante expressou a Bela Megale, também do jornal O Globo, sua preocupação com tal declaração e sugeriu que o BNDES deveria ser o "convidado especial" para a celebração do centenário da Suzano, destacando a relevância histórica da parceria entre a instituição financeira e a empresa.

    "Fiquei muito preocupado com a declaração do presidente da Suzano, porque revela desconhecimento completo da história da empresa com o BNDES, da trajetória do setor de papéis e celulose e da própria Suzano, que é inegavelmente exitosa. A Suzano foi a primeira empresa privada a receber recursos do BNDES, décadas atrás. O banco teve papel fundamental nisso, porque o setor privado não queria correr risco de trazer o segmento de papéis e celulose para o Brasil. O convidado especial da festa de 100 anos da Suzano deveria ser o BNDES. Ele (Walter Schalka) deveria ter tido o cuidado de reconhecer e valorizar isso.Tenho certeza que a família Feffer, que teve excelentes quadros como executivos da empresa, sabe reconhecer essa parceria", disse o presidente do BNDES. Segundo Mercadante, a Suzano tem sido nas últimas décadas uma das principais beneficiárias dos estímulos governamentais à indústria, com subsídios e crédito mais acessível. 

    A declaração de Mercadante também enfatizou a contribuição significativa do BNDES para o desenvolvimento da Suzano ao longo dos anos. Os dados apresentados pelo banco indicam que a Suzano é a quinta empresa brasileira que mais recebeu crédito em sua história, totalizando R$ 15,273 bilhões, sem considerar a inflação. O presidente do BNDES destacou que uma parte considerável desse montante foi repassada como subsídio, através de programas como o Programa de Sustentação do Investimento (PSI) e a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

    Além dos recursos financeiros, o BNDES também investiu R$ 12,144 bilhões em capital na Suzano e em empresas adquiridas pelo grupo, sendo que esse investimento resultou em uma parceria bem-sucedida, com retorno financeiro positivo em 2021.

    Ainda de acordo com Mercadante, a Suzano mantém uma relação sólida com o BNDES, com um saldo devedor de R$ 4,2 bilhões referentes a operações recentes e pedidos em análise no valor de R$ 2,6 bilhões. O presidente do BNDES assegurou que os projetos em andamento com a Suzano são meritórios e qualificados, destacando o respeito dos servidores do banco pela parceria e trajetória conjunta.

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