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    Cloroquina mata, aponta estudo científico com pacientes que tiveram Covid-19 e tomaram o remédio

    Primeiro estudo científico com pacientes de Covid-19 que tomaram cloroquina, apontou mais mortes por complicações cardíacas do que bons resultados e escancara os riscos da mudança promovida por Jair Bolsonaro no Ministério da Saúde. Foram monitorados 96 mil pacientes e houve mais mortes entre aqueles que tomaram o remédio

    REUTERS/Yves Herman (Foto: REUTERS/Yves Herman)

    247 - A decisão de Jair Bolsonaro de mudar os protocolos do ministério da Saúde para uso da hidroxicloroquina contra o coronavírus acaba de sofrer um duro revés. Um estudo publicado nesta sexta-feira pela revista médica The Lancet, a de mais prestígio no mundo, a partir de testes em 96 mil pacientes, aponta que o remédio mata, aumentando o risco de complicações cardíacas, e não ataca a Covid-19. Confira abaixo tweet da agência Bloomberg e trechos da reportagem:


    “Os medicamentos antimalária que o presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou para o tratamento do Covid-19 estão relacionados a um risco aumentado de morte e doenças cardíacas em um estudo. A hidroxicloroquina e a cloroquina não beneficiaram os pacientes com o coronavírus, isoladamente ou em combinação com um antibiótico, de acordo com o estudo publicado sexta-feira pela revista médica The Lancet”, aponta a Bloomberg.

    “Os pesquisadores estão pesquisando as opções disponíveis para tratar o coronavírus, que matou mais de 330.000 pessoas, incluindo medicamentos como os antimaláricos, que também já foram aprovados para tratar o lúpus e a artrite reumatóide. O endosso de Trump levou muitas pessoas a tomar os medicamentos sem prova científica de seu benefício. O estudo analisou os registros de 15.000 pessoas que foram tratadas com antimaláricos e um dos dois antibióticos que às vezes foram combinados com eles. O tratamento com qualquer combinação dos quatro medicamentos foi associado a um risco maior de morte do que o observado em 81.000 pacientes que não os receberam”, diz ainda a reportagem.

    Confira aqui o estudo científico completo da The Lancet.

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