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    Superfungo genital se espalha na Europa e preocupa especialistas

    A preocupação se deve à alta resistência do fungo a tratamentos convencionais, o que pode dificultar o combate à infecção

    Fungo (Foto: Reprodução)

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    247 - Médicos e especialistas em doenças infecciosas soaram o alarme para um possível surto de uma nova cepa do fungo Trichophyton mentagrophytes tipo VII (TMVII), que pode estar se propagando pela Europa e em outras regiões por meio de contato sexual, informa o Metrópoles. A preocupação se deve à alta resistência do fungo a tratamentos convencionais, o que pode dificultar o combate à infecção. Casos foram detectados nos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Dubai e Abu Dhabi.

    O TMVII causa uma forma de micose intensa, gerando erupções cutâneas dolorosas que podem surgir no rosto, órgãos genitais, virilha, nádegas, coxas e pés. “É muito provável que haja casos não detectados no Reino Unido, particularmente aqueles em estágios iniciais”, afirmou o médico David Denning, especialista em doenças infecciosas da Universidade de Manchester, em entrevista ao Daily Mail. Segundo Denning, esse fungo apresenta uma característica “de crescimento lento”, o que aumenta a dificuldade no diagnóstico rápido e eficaz.

    Os testes de laboratório para identificar a presença do TMVII podem levar até três semanas para serem concluídos. Durante esse período, pacientes podem estar usando tratamentos inadequados, como cremes esteroides ou antibacterianos, o que não só falha em combater a infecção, mas também favorece a transmissão do fungo a parceiros ou contatos próximos. “Se o primeiro tratamento não funcionar, geralmente se espera de seis a oito semanas antes de considerar outras opções. Mas, nesse tempo, o paciente já pode ter transmitido o fungo para outras pessoas”, explicou Denning.

    Superfungo resistente, mas de baixa letalidade - Embora a infecção pelo TMVII seja considerada altamente inflamatória e resistente, os especialistas ressaltam que ela não é fatal. No entanto, os tratamentos usuais para fungos de pele mostram pouca eficácia, levando a uma condição crônica e desconfortável. “As erupções são mais agressivas e não respondem bem aos tratamentos comuns”, acrescentou Denning, que enfatiza a importância de diagnósticos rápidos para evitar transmissões subsequentes.

    Expansão global e novos casos - Nos Estados Unidos, quatro casos de TMVII foram relatados neste ano. O primeiro foi identificado em Nova York, onde um paciente que havia viajado pela Europa apresentou os sintomas após contato desprotegido com outros homens. Em Paris, na França, uma investigação ao longo de 15 meses identificou 13 homens infectados com o superfungo. Segundo o relatório, esses casos representam um aumento alarmante de incidência, embora o número absoluto ainda seja baixo.

    Os infectologistas alertam que, embora o fungo TMVII não represente uma ameaça letal, ele pode resultar em cicatrizes permanentes e exigir meses de tratamento com medicamentos específicos.

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